Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do

E este, portanto, o período crucial da história da imigração
japonesa para o Brasil, em que num espaço de 6 anos entre
1928 e 1934 entraram 57% do total de imigrantes que recebemos.
Comparando o número de japoneses residentes no Brasil e
em outros países da América Latina podemos avaliar a importância,
para a política japonesa, desta nova rota migratória
que constituía um canal de influência neste lado do Atlântico.
Anos
1915
1920
1925
1930
QUADRO XII
JAPONESES RESIDENTES NA AMÉRICA LATINA
Total da
América Latina
25.958
47.749
68.685
149.495
FONTE: Normano (1934) - p. 44.
Brasil
13.505
34.208
49.400
116.647
Paralelamente ao encaminhamento de colonos contratados
como mão-de-obra para os cafezais, o governo japonês promoveu,
nesta época, uma outra forma de imigração que já
havia sido ensaiada anteriormente na Colônia Japonesa de
Registro. Em 1927, aparece no Japão a Federação das Associações
Ultramarinas e cria-se em seguida o órgão representativo
desta associação em São Paulo que é a Sociedade Colonizadora
do Brasil (Bratac). A finalidade destas empresas era recrutar
e encaminhar imigrantes com algum recurso, que pudessem
responsabilizar-se pela compra de um pequeno lote. A Bratac,
a partir de 1928, adquiriu glebas de terra nos Estados de São
Paulo e Paraná, para loteá-las e vendê-las aos colonos, formando
núcleos agrícolas. Estes imigrantes, que contam já com um
capital inicial, são designados comumente como "imigrantes
de colonização", em oposição aos demais que aqui chegaram
como assalariados. Também para promover e apoiar a
comercialização da produção destes núcleos foi criada em 1937
uma outra firma, a Cia. Nichinan Sangyo.
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