Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do
Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do
Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
uição das diversas nacionalidades pelas zonas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,<br />
mas o mapa apresenta<strong>do</strong> por Crissiuma (1935, p. 115) serve<br />
como indica<strong>do</strong>r da concentração japonesa nas áreas pioneiras,<br />
especialmente no Noroeste paulista. Entretanto, não nos<br />
esqueçamos que nos arre<strong>do</strong>res da Capital, assim como espalhadas<br />
pelas zonas mais antigas, estão famílias de sitiantes<br />
japoneses. Em da<strong>do</strong>s publica<strong>do</strong>s pela Secretaria da Agricultura<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo para o perío<strong>do</strong> de 1931/32 e<br />
cita<strong>do</strong>s por Astrogil<strong>do</strong> Rodrigues de Mello (1935, p. 39),<br />
vemos que os japoneses, nesta época, já têm a seu cargo<br />
10 235 propriedades rurais, que representam 5% <strong>do</strong> número<br />
total <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e correspondem a 1,8% da área ocupada. Assim,<br />
a área total das propriedades em mãos <strong>do</strong>s japoneses no<br />
Brasil era 96 026 alqueires, <strong>do</strong>s quais 46 369 alqueires, ou<br />
seja 45%, estavam na região Noroeste paulista, segui<strong>do</strong>s de<br />
22 502 alqueires, que constituem 22%, localiza<strong>do</strong>s na<br />
Sorocabana, 11 769 alqueires ou 12% no Litoral Sul e 4 911<br />
alqueires ou 5% na Alta Paulista. A importância da presença<br />
japonesa nas zonas pioneiras desta época é assim confirmada.<br />
E interessante indicar que deten<strong>do</strong> 1,8% da área agrícola<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo, a Colônia Japonesa já era responsável<br />
por 29,53% da sua produção total, consideran<strong>do</strong>-se os<br />
seguintes produtos:<br />
QUADRO XVI<br />
PORCENTAGEM DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA JAPONESA NO<br />
ESTADO DE SAO PAULO - 1931-1932<br />
Produtos %<br />
Café 5<br />
Arroz 8<br />
Algodão 46(*)<br />
Feijão<br />
5<br />
Milho 4<br />
Batata 14<br />
Casulos 57<br />
Chá 75<br />
Banana 11<br />
Verduras 70<br />
Produção total 29,53<br />
FONTE: Rodrigues de Mello (1935), p. 47.<br />
(*) É interessante notar que é grande a participação japonesa na produção de<br />
algodão, justamente no momento em que esta cultura oferece muitas vantagens<br />
e se localiza principalmente nas zonas mais novas. Comparan<strong>do</strong> com o<br />
Quadro I, vemos que este é o único produto em que diminuiu a porcentagem<br />
devida à Colônia Japonesa, justamente porque estas condições da zona<br />
pioneira desapareceram.<br />
51