Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do
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A perda de importância das associações no contexto urbano<br />
pode ser facilmente constatada através da diminuição <strong>do</strong><br />
índice de participação demonstra<strong>do</strong> pelo Quadro XL. Na cidade<br />
aumenta significamente o número de indivíduos, tanto<br />
issei quanto nissei, que não estão filia<strong>do</strong>s a associações de<br />
qualquer tipo.<br />
Paralelamente verifica-se que, entre os imigrantes e descendentes<br />
que pertencem a alguma associação, uma porcentagem<br />
crescente freqüenta agremiações brasileiras.<br />
Comparan<strong>do</strong> issei urbano e rural e ainda nissei e issei, vemos<br />
que ao acréscimo de participação em sociedades brasileiras<br />
corresponde uma diminuição de freqüência às japonesas.<br />
Isto sugere que são os membros das associações tradicionais<br />
que estão transpon<strong>do</strong> as barreiras étnicas e conviven<strong>do</strong> com a<br />
população nacional e que, ao mesmo tempo, ocorre um desinteresse<br />
pelas formas tradicionais de congregar a Colônia. Comparan<strong>do</strong><br />
a distribuição de agricultores e não-agricultores pelos<br />
tipos de associação vemos que ao aumento de freqüenta<strong>do</strong>res<br />
de grêmios brasileiros entre os urbaniza<strong>do</strong>s corresponde uma<br />
diminuição de participação em sociedades japonesas, isto é, não<br />
está ocorren<strong>do</strong> a mobilização de novos membros.<br />
QUADRO XL<br />
PARTICIPAÇÃO EM ASSOCIAÇÕES DE IMIGRANTES JAPONESES E SEUS DESCEN<br />
DENTES, MAIORES DE 15 ANOS - BRASIL: 1958<br />
GERAÇÃO OCUPAÇÃO ASSOCIAÇÕES<br />
JAPONESAS<br />
%<br />
ASSOCIAÇÕES<br />
BRASILEIRAS<br />
%<br />
ASSOCIAÇÕES<br />
BRASILEIRAS E<br />
JAPONESAS<br />
%<br />
NÃO<br />
FILIADOS<br />
%<br />
Agricultores 51 (*) (*) 49<br />
Imigrantes<br />
Não-<br />
Agricultores 42 4 2 52<br />
Descendentes Agricultores 36 1 Descendentes<br />
(*) 63<br />
Não-<br />
Agricutores 19 9 3 69<br />
(*) A porcentagem não foi calculada por ser menor que 1%.<br />
FONTE: C.R.C.J. - 1964, Quadro 237 S.S., p. 312.<br />
TOTAL<br />
%<br />
100<br />
(25.773)<br />
100<br />
(25.410)<br />
100<br />
(31.119)<br />
100<br />
(38.445)<br />
Estes da<strong>do</strong>s mostram que em zonas urbanas torna-se viável<br />
a participação em círculos de convivência exteriores à<br />
Colônia, onde a identificação étnica não é requisito fundame-<br />
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