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Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do

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Trabalhamos, então, com as 75 entrevistas em conjunto, uma<br />

vez que nas tabulações iniciais os diversos tipos de famílias<br />

não demonstraram qualquer relevância. O número e a posição<br />

<strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> grupo <strong>do</strong>méstico parecem ser o resulta<strong>do</strong> de<br />

circunstâncias várias e quase to<strong>do</strong>s os grupos, em algum<br />

momento, passam por ciclos de expansão ou redução.<br />

Procuramos cumprir um roteiro de entrevistas bastante<br />

extenso e dividi<strong>do</strong> em quatro partes, Na primeira recompúnhamos<br />

a história da família, começan<strong>do</strong> com a profissão <strong>do</strong>s<br />

adultos no Japão e procuran<strong>do</strong> acompanhar seu trajeto no Brasil<br />

através das mudanças de região e de condições de trabalho,<br />

esclarecen<strong>do</strong> especialmente a divisão de tarefas dentro da família<br />

nos vários momentos. Em 1958, 59% <strong>do</strong>s japoneses ou<br />

descendentes maiores de 10 anos trabalhavam como membros<br />

de família e entre os não-agricultores 21% tinham essa<br />

condição. Isto nos alertou para o peso das formas familiais de<br />

colaboração econômica e suspeitávamos que elas tinham esta<strong>do</strong><br />

presentes desde os primeiros momentos da emigração.<br />

A segunda parte <strong>do</strong> roteiro dizia respeito às relações entre<br />

pais e filhos, permanência de padrões tradicionais de convivência<br />

e expectativas de profissionalização para os filhos.<br />

Na terceira parte procuramos caracterizar to<strong>do</strong>s os membros<br />

da família, sua situação de trabalho e aspirações profissionais,<br />

assim como as condições para realizá-las.<br />

A última parte da entrevista procurava coletar opiniões<br />

sobre a Colônia Japonesa, a solidariedade ou competição<br />

dentro dela e os indica<strong>do</strong>res de prestígio.<br />

Infelizmente não obtivemos um resulta<strong>do</strong> amplamente<br />

satisfatório com todas as famílias. Algumas vezes tivemos<br />

que utilizar entrevista<strong>do</strong>ras nissei porque a comunicação só<br />

era possível em japonês, perden<strong>do</strong>-se, nas traduções, muitos<br />

detalhes. Em alguns casos as entrevista<strong>do</strong>ras não foram bemrecebidas<br />

e, ainda em outros, a pouca loquacidade <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s<br />

quase reduzia nosso contato a uma situação de perguntas<br />

e respostas concisas.<br />

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