Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do
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CONCLUSÕES<br />
A maioria <strong>do</strong>s trabalhos sobre grupos imigrantes no Brasil<br />
se define como estu<strong>do</strong>s de aculturação. Ao analisar as relações<br />
entre o grupo japonês e a sociedade brasileira não utilizamos<br />
este conceito. Freqüentemente, entretanto, empregamos<br />
o termo integração sem defini-lo de mo<strong>do</strong> preciso. Acreditamos<br />
que, feita a descrição <strong>do</strong> processo de incorporação<br />
<strong>do</strong>s japoneses e seus descendentes à sociedade nacional, chegou<br />
o momento de esclarecer este procedimento.<br />
Os estu<strong>do</strong>s de aculturação já foram critica<strong>do</strong>s tanto no Brasil<br />
quanto em outros países e pouco resta a dizer além de incorporar<br />
os principais resulta<strong>do</strong>s destas discussões (1) . Nelas existe<br />
acor<strong>do</strong> em que o enfoque aculturativo atribui uma dinâmica<br />
especificamente cultural às mudanças que ocorrem quan<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>is ou mais grupos entram em contato direto. Estes estu<strong>do</strong>s,<br />
mesmo quan<strong>do</strong> levam em conta a situação de contatos,<br />
para isto, se apoiam em uma visão sociológica que oferece<br />
meios para considerar a importância das formas de<br />
estratificação das sociedades, explicam o processo de mudança<br />
pelas compatibilidades ou incompatibilidades entre as culturas<br />
envolvidas.<br />
Muitos autores, adverti<strong>do</strong>s por esta crítica, procuraram<br />
enriquecer seu esquema de análise consideran<strong>do</strong> a relação de<br />
<strong>do</strong>minância e sujeição cultural envolvida na grande maioria<br />
das situações de contato, nas quais as culturas têm posições<br />
(1) Nos trabalhos de Car<strong>do</strong>so de Oliveira (especialmente 1964), por exemplo,<br />
encontra-se referência a esta bibliografia crítica.<br />
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