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Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do

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Sen<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> considera<strong>do</strong> um perío<strong>do</strong> de expansão e<br />

incorporação de terras ainda virgens, os índices devem indicar<br />

crescimento de to<strong>do</strong>s os tipos de propriedade. Entretanto, proporcionalmente,<br />

o aumento de pequenas propriedades é maior,<br />

e isto permite afirmar que, nesta época, o avanço para o Oeste<br />

se revestia de características novas, uma vez que o café avançava<br />

ao la<strong>do</strong> da pequena propriedade. As companhias de terras,<br />

responsáveis pelos loteamentos mais recentes <strong>do</strong> Noroeste e<br />

Norte <strong>do</strong> Paraná, programavam a presença <strong>do</strong> sitiante que<br />

garantiria a fixação da população e o abastecimento das cidades.<br />

Convém também não esquecer que o perío<strong>do</strong> a que se<br />

referem estes índices é de decadência da plantação de café em<br />

virtude da crise de 1929 e início da cotonicultura. A presença <strong>do</strong><br />

pequeno proprietário na zona pioneira <strong>do</strong> Norte <strong>do</strong> Paraná é<br />

amplamente <strong>do</strong>cumentada por Monbeig (1935) e mostra também<br />

que, "quan<strong>do</strong> se fala de zona pioneira, deve ter-se em<br />

vista que a zona é de policultura: traço distintivo da colonização<br />

atual <strong>do</strong> último século ou <strong>do</strong>s princípios <strong>do</strong> séculopCX"<br />

(Monbeig, 1935, p. 221). E ainda, "a tendência à policultura e<br />

à pequena propriedade se nota nos outros centros da zona 'pioneira'<br />

paulista como o observa Deffontaines em relação à<br />

Araraquarense e à região de Marília" (Monbeig, 1935, p. 229).<br />

Retoman<strong>do</strong> os índices de crescimento <strong>do</strong>s diferentes tipos<br />

de propriedade, calcula<strong>do</strong>s por Milliet para as diferentes zonas,<br />

constatamos facilmente a importância da pequena propriedade<br />

nas zonas de colonização mais recentes.<br />

Salta aos olhos o aumento da pequena propriedade na zona<br />

Noroeste, confirman<strong>do</strong> as palavras de Monbeig sobre as zonas<br />

pioneiras mais recentes (3) . Apesar da penetração em terras<br />

virgens, com to<strong>do</strong> o sertão para ser explora<strong>do</strong>, vemos que o<br />

número de grandes propriedades e de latifúndios se multi-<br />

(3) Confirman<strong>do</strong> a presença <strong>do</strong> sitiante ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> fazendeiro neste novo tipo de<br />

exploração agrícola que se configura depois de 1920, Monbeig, em seu livro<br />

Pionniers et Planteurs de São Paulo dedica to<strong>do</strong> um capítulo ao tipo de loteamento<br />

destas novas áreas, e <strong>do</strong>cumenta a importância da agricultura não<br />

intensiva (p. 201-216).<br />

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