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Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do

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presente nas frentes pioneiras. Portanto o índice de aumento<br />

da pequena propriedade é um fenômeno geral.<br />

E na zona Noroeste que vamos encontrar plenamente desenvolvida<br />

esta tendência da nova colonização de apoiar-se<br />

nos pequenos sítios sem deixar de garantir grandes extensões<br />

para as fazendas. E óbvio que a crise <strong>do</strong> café tem importante<br />

papel nisto, uma vez que estas áreas começam a ser exploradas<br />

nos anos 30. Entretanto, a economia destas regiões não<br />

parece ter si<strong>do</strong> muito afetada por esta crise, por duas razões:<br />

I a ) poucos anos depois da crise, as lavouras cafeeiras brasileiras<br />

já estavam em nova expansão, antes mesmo que países<br />

mais desenvolvi<strong>do</strong>s estivessem recupera<strong>do</strong>s (Furta<strong>do</strong>, 1959,<br />

p. 225); e 2 a ) desde o início <strong>do</strong> desbravamento destas regiões,<br />

outros produtos tiveram bastante importância econômica, sen<strong>do</strong><br />

que alguns, como o algodão, eram exportáveis.<br />

Não era só da agricultura de abastecimento que se ocupavam<br />

os proprietários médios e pequenos, mas também <strong>do</strong><br />

fornecimento de matérias-primas industriais, quer para a exportação,<br />

quer para atender ao desenvolvimento da indústria<br />

nacional. Não há necessidade de citar mais que duas cifras<br />

para mostrar até que ponto a marcha pioneira, depois de 1929,<br />

foi ao mesmo tempo a <strong>do</strong> algodão; a colheita paulista de<br />

1931 foi de 10 000 ton. e a de 1946 foi estimada em 444 693<br />

ton. Em 1939-40 já atingiu 470 000 ton. (Monbeig, 1952, p.<br />

255). Cabe ainda indicar que "o sincronismo entre o desenvolvimento<br />

da cultura algo<strong>do</strong>eira e o da pequena propriedade<br />

é surpreendente. Tanto um quanto outro começam em seguida<br />

à crise de 1929, a partir de 1932" (Monbeig, 1952, p. 256).<br />

Sen<strong>do</strong> um produto que ganha importância com a crise <strong>do</strong><br />

café, o algodão é largamente cultiva<strong>do</strong> nas zonas novas, onde<br />

o pequeno lavra<strong>do</strong>r pode se dedicar a esta lavoura, que não<br />

exige o mesmo investimento que o café (por ser planta anual<br />

sem grandes exigências de solo) e que, nesta época, contava<br />

com um merca<strong>do</strong> internacional e nacional muito favorável.<br />

O papel <strong>do</strong>s japoneses como cotonicultores foi tão grande,<br />

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