Letras Vernáculas - EAD - Uesc
Letras Vernáculas - EAD - Uesc
Letras Vernáculas - EAD - Uesc
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Sintaxe da Língua Portuguesa<br />
Para saber mais sobre<br />
a problemática que envolve<br />
o sujeito gramatical,<br />
recomendo a leitura<br />
do artigo “Sujeito: uma<br />
questão mal resolvida<br />
pela gramática tradicional”,<br />
de AMORIN, E. R.<br />
M, publicado na revista<br />
Sitientibus, em 2003,<br />
disponível no endereço:<br />
<br />
Relembrando sobre o<br />
predicado...<br />
A GT descreve que o predicado<br />
pode ser nominal,<br />
verbal ou verbo-nominal.<br />
É nominal quando a estrutura<br />
é formada por um<br />
verbo de ligação e um predicativo.<br />
É verbal quando<br />
tem como núcleo um<br />
verbo principal (significativo):<br />
transitivos e intransitivos.<br />
É verbo-nominal<br />
quando estão presentes<br />
um verbo significativo e<br />
um predicativo do sujeito<br />
(CUNHA; CINTRA, 1985).<br />
Sintaxe tradicional: problemas de ordem conceitual e estrutural - Parte I<br />
ças que, de fato, são produzidas pelos falantes. O que você encon-<br />
tra nos manuais pode não corresponder aos usos concretos. Portan-<br />
to, enquanto estudioso de uma língua, preste atenção às definições<br />
apresentadas!<br />
Bem, mas você pode perguntar: E há algum manual, livro, ou<br />
qualquer coisa desse tipo que apresente uma melhor definição para<br />
sujeito ou qualquer categorial gramatical? Sinceramente, não. É claro<br />
que você encontra definições mais consistentes, mais objetivas, principalmente<br />
em gramáticas mais atuais, mas, mesmo assim, elas não<br />
dão conta de todos os fatos de uma língua, dada a mudança constante<br />
por qual ela passa.<br />
Diante disso, como proceder, então, diante das definições encontradas?<br />
A resposta é: analise e reflita criticamente sobre as informações,<br />
sempre a partir de dados reais de língua. E tenha em mente:<br />
uma definição pode ser contestada a qualquer momento!<br />
3 O PREDICADO VERBAL: A QUESTÃO DA TRANSITIVI-<br />
DADE<br />
Nesta seção, você terá a oportunidade de refletir sobre uma<br />
questão que envolve uma confusão de propriedades. Trata-se da<br />
transitividade verbal, envolvendo diretamente o chamado predicado<br />
verbal.<br />
Ao abordar a transitividade verbal, as gramáticas tradicionais<br />
(cf. Cunha; Cintra (1985); Cegalla, (1990); Bechara, (1999); entre<br />
outros) têm em vista, basicamente, a concepção de que transitividade<br />
(do latim transitivus = que vai além, que se transmite) é uma propriedade<br />
específica dos verbos que exigem objetos. Um verbo desse<br />
tipo (considerado como termo regente) mantém uma relação de<br />
dependência com um objeto (termo regido), pois é este elemento o<br />
responsável por completar o sentido do verbo. Você se lembra disso?<br />
Formalmente, o verbo transitivo pode ocorrer com um substantivo<br />
no acusativo (objeto direto) ou no dativo (objeto indireto),<br />
como ilustram, respectivamente, 4a e 4b abaixo:<br />
(4) a. João comprou uma casa.<br />
b. João gosta de doce.<br />
Você deve se lembrar que a distinção entre os dois tipos de<br />
verbos é feita pela presença ou não de uma preposição. Quando ela<br />
está presente, o verbo é chamado de transitivo indireto; quando não,<br />
62 Módulo 4 I Volume 2 <strong>EAD</strong>