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miolo anais final 25cm:miolo anais final 25cm - Fundação Biblioteca ...

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<strong>miolo</strong> <strong>anais</strong> <strong>final</strong> <strong>25cm</strong>:<strong>miolo</strong> <strong>anais</strong> <strong>final</strong> <strong>25cm</strong> 3/22/07 3:27 PM Page 318<br />

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de Menezes Brum. Em 1885, Brum inaugurou uma grande exposição permanente<br />

na <strong>Biblioteca</strong> Nacional com o acervo da seção, incluindo todas as peças herdadas de<br />

Portugal. Quanto às gravuras de Albrecht Dürer, foram expos tas as estampas que<br />

ele julgou estarem em melhor estado de conservação, caso das xilogravuras. A expo -<br />

sição durou cerca de 60 anos, conforme indicação no Catálogo da Exposição Per -<br />

ma nente dos Cimélios da Bibliotheca Nacional 8 . Esse catálogo foi a primeira publi -<br />

cação contendo o levantamento oficial do acervo da <strong>Biblioteca</strong> Nacional.<br />

As estampas de Dürer vêm sendo examinadas por alguns especialistas há muitos<br />

anos, e o resultado deste trabalho contínuo resultou em criteriosas relações, processo<br />

este que, no caso da perícia que fizemos, se deu da seguinte maneira:<br />

A perícia iniciou-se pelo papel onde se encontra a xilogravura estampada. Em<br />

uma folha de papel antiga é possível observar os seguintes caracteres: vergaduras,<br />

pontusais, e, a característica mais importante, a filigrana.As vergaduras são li nhas<br />

horizontais alternativas escuras e claras que podem ser vistas quando se observa<br />

a transparência do papel. Os pontusais são traços perpendiculares aos fios horizontais<br />

da vergadura. As filigranas são os vários tipos de desenhos marcados no<br />

papel que, de uma maneira mais ou menos precisa e pontual, definem a idade<br />

da folha.<br />

Nos primeiros vinte anos do século XIV, as filigranas eram “nomes escritos”<br />

de muitos papeleiros eventualmente originários de Fabriano (Itália) ou das proxi -<br />

midades. Este procedimento foi abandonado, pois muito pouca gente sabia ler,<br />

naquela época de ignorância geral, e este tipo de “marca” não atingia sua meta<br />

de maneira eficiente.<br />

Logo se tratou, então, de renunciar à escrita e adotar um signo qualquer que<br />

estabelecesse relação direta com os papeleiros, fazendo desta marca uma assinatura<br />

particular.<br />

Mais tarde, no começo do século XVI e com o progresso trazido pela ins -<br />

trução, repetiu-se a idéia de filigranar as iniciais, ou o nome do papeleiro. Como<br />

havia muitas oficinas de papel numa mesma região, as filigranas diferenciavamse<br />

pelos símbolos individuais ou pelas iniciais do nome do papeleiro, além de<br />

marcas de proveniência normalmente acompanhando os brasões de cidades, ou<br />

de estados.<br />

Os papeleiros empregavam filigranas diferentes para designar a qualidade,<br />

por exemplo: a “torre” designava papel de boa qualidade; a “cabeça de boi sem<br />

olhos com haste em cruz”, papel de média qualidade; a “buzina de caçador”,<br />

o ordinário.<br />

An. Bibl. Nac., Rio de Janeiro, 119

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