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Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

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Tamanha evolução dos indicadores <strong>da</strong> esperança de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> população brasileira foiresultado desses estudos. De fato, ao observarmos a série histórica entre 1930-1940 e 1991-2000, verificamos que, ao longo do século XX, esse indicador experimentou uma invariávelelevação (gráfico 5). Assim, entre os a<strong>no</strong>s de 1940 e 2000, quando foram realizados osrespectivos Censos Demográficos, a esperança de vi<strong>da</strong> ao nascer <strong>da</strong> população brasileiracresceria 31,2 a<strong>no</strong>s, passando de 41,2 a<strong>no</strong>s <strong>para</strong> 70,5 a<strong>no</strong>s nesse lapso de tempo.Gráfico 5. Evolução <strong>da</strong> Esperança de vi<strong>da</strong> ao nascer <strong>da</strong> população<strong>Brasil</strong>eira – 1930-1940 a 1991-2000Fonte: Wood & Carvalho (1994); Oliveira e Albuquerque (s/d).Apesar de ser um indicador bastante utilizado na seara dos estudos demográficos,pelo fato de ser gerado por via indireta, a esperança de vi<strong>da</strong> ao nascer <strong>da</strong> populaçãobrasileira, desagrega<strong>da</strong> segundo os grupos de raça/cor, foi alvo de poucos estudos.Decerto, a realização dos cálculos <strong>da</strong> esperança de vi<strong>da</strong> ao nascer, seja qual for avia, está longe de trivial. Entretanto, outros motivos de ordem institucional tambémexplicam razoavelmente os motivos dessa lacuna. Na ver<strong>da</strong>de, tradicionalmente osórgãos de pesquisa brasileiros não vinham incluindo a variável raça/cor em suas pesquisaspopulacionais. Assim, à guisa de exemplo, a principal pesquisa demográficaanual realiza<strong>da</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> pelo IBGE, que vem a ser a Pnad, somente passou a incluir avariável <strong>no</strong> corpo básico de seu questionário <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1987, ou seja, 20 a<strong>no</strong>s apóso seu começo (Paixão, 2003b).Por esse motivo, além <strong>da</strong>s habituais dificul<strong>da</strong>des que o cálculo, por via indireta,<strong>da</strong>s esperanças de vi<strong>da</strong> ao nascer <strong>da</strong> população já apresenta, a própria inexistência deindicadores sociais desagregados <strong>para</strong> os grupos raciais já ampliava, <strong>no</strong> limite impossibilitando,esse tipo de empreita<strong>da</strong>.Até os dias atuais, somente quatro estudos foram realizados sobre o indicador<strong>da</strong>s esperanças de vi<strong>da</strong> desagrega<strong>da</strong> por raça/cor <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. Coerentemente, todos essesforam produzidos a partir dos a<strong>no</strong>s de 1990.Saúde <strong>da</strong> popupalação <strong>negra</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>: Contribuições <strong>para</strong> a Promoção <strong>da</strong> Eqüi<strong>da</strong>de105

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