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Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

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preendidos à luz <strong>da</strong> precoci<strong>da</strong>de pela qual os eventos fatais incidem sobre os diferentesgrupos. É por esse motivo que as causas externas, apesar de não serem a principalcausa de mortali<strong>da</strong>de de brasileiros do sexo masculi<strong>no</strong>, retiram mais a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> doshomens do que as doenças do aparelho circulatório, constata<strong>da</strong>mente o vetor que maismata brasileiros e brasileiras. Isso ocorre porque, ao contrário <strong>da</strong>s doenças do aparelhocirculatório, que afetam proporcionalmente pessoas mais velhas, os óbitos não naturaisatualmente, <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, impactam especialmente as pessoas mais jovens. Ao abreviar otempo de vi<strong>da</strong> dessas pessoas, esse fator de mortali<strong>da</strong>de (causas externas) retira maisa<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> do que doenças que atingem pessoas de maior i<strong>da</strong>de (Simões, 2002).Desse modo, como último argumento quanto ao debate dos a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidosdos grupos de raça/cor, podemos ver que os negros e <strong>negra</strong>s, em média, tendema morrer mais cedo do que as pessoas brancas. Assim, <strong>no</strong> gráfico 22, podemos verque, <strong>no</strong> interior do SIM, <strong>no</strong> triênio 1998-2000, a média de falecimento dos brancosdo sexo masculi<strong>no</strong> era de 56,61 a<strong>no</strong>s e <strong>da</strong>s brancas do sexo femini<strong>no</strong> de 63,81 a<strong>no</strong>s(média de ambos os sexos, 59,69 a<strong>no</strong>s). Esse indicador somente era inferior às médiasde falecimentos dos amarelos, ficando invariavelmente superior às médias etárias defalecimentos dos pretos, dos pardos e dos negros em seu conjunto.Gráfico 22.Média etária dos óbitos <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> segundo osgrupos de raça/cor e sexo, 1998-2000Destarte, além <strong>da</strong>s razões de mortali<strong>da</strong>de, a maior precoci<strong>da</strong>de relativa do falecimentodos negros (e indígenas), em relação aos brancos e amarelos, bem como as respectivascausas de óbitos que levam a essa precoci<strong>da</strong>de, devem ser leva<strong>da</strong>s em consideração quandoanalisamos os diferenciais raciais e de sexo em termos dos a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos.Saúde <strong>da</strong> popupalação <strong>negra</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>: Contribuições <strong>para</strong> a Promoção <strong>da</strong> Eqüi<strong>da</strong>de179

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