12.07.2015 Views

Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O maior diferencial encontrado entre os estados, envolvendo os diferentes gruposraciais e de sexo, deu-se entre a esperança de vi<strong>da</strong> ao nascer <strong>da</strong>s mulheres brancas doRio Grande do Sul (79,99 a<strong>no</strong>s) e a esperança de vi<strong>da</strong> ao nascer dos homens pretos deRoraima (56,67 a<strong>no</strong>s), perfazendo um hiato de 23,32 a<strong>no</strong>s (tabelas 23 e 24).No <strong>Brasil</strong> como um todo, as mulheres gaúchas apresentavam o maior índicede esperança de vi<strong>da</strong> ao nascer, 77,56 a<strong>no</strong>s. Já o me<strong>no</strong>r índice de esperança de vi<strong>da</strong>ao nascer era encontrado entre os homens alagoa<strong>no</strong>s (61,74 a<strong>no</strong>s). No interior docontingente racial ou de cor branca, o maior hiato <strong>da</strong>s esperanças de vi<strong>da</strong> ao nascerocorreu entre as mulheres do Rio Grande do Sul (79,99 a<strong>no</strong>s) e os homens de Alagoas(65,26 a<strong>no</strong>s), formando uma diferença de 14,37 a<strong>no</strong>s.No contingente preto, a máxima distância ocorreu entre as mulheres do EspíritoSanto (esperança de vi<strong>da</strong> ao nascer de 73,91 a<strong>no</strong>s): 17,24 a<strong>no</strong>s superior aos homensde Roraima (56,67 a<strong>no</strong>s). No interior do contingente pardo, a maior distância nasesperanças de vi<strong>da</strong> ao nascer foi encontra<strong>da</strong> entre as mulheres do Rio Grande do Sul(74,42 a<strong>no</strong>s) e os homens de Alagoas (60,08 a<strong>no</strong>s), perfazendo um hiato de 14,32 a<strong>no</strong>s.Finalmente, <strong>no</strong> interior do contingente negro, a máxima distância nas esperanças devi<strong>da</strong> ao nascer ocorria entre as mulheres gaúchas (74,27 a<strong>no</strong>s) e os homens alagoa<strong>no</strong>s(60,25 a<strong>no</strong>s), constituindo uma diferença de 14,02 a<strong>no</strong>s.5.6. A<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos segundo os grupos de raça/cor e sexo5.6.1. Metodologia de análiseUm dos principais indicadores de análise <strong>da</strong>s condições de saúde <strong>da</strong> população deum determinado local consiste <strong>no</strong> estudo dos a<strong>no</strong>s médios de vi<strong>da</strong> perdidos em decorrênciade determina<strong>da</strong>s causas de mortali<strong>da</strong>de. Dessa forma, melhor conhecendo o perfil <strong>da</strong>mortali<strong>da</strong>de, as autori<strong>da</strong>des competentes, hipoteticamente, estariam se capacitando <strong>para</strong>agir positivamente sobre essas causas. Com isso, seria possível que fossem mi<strong>no</strong>rados osfalecimentos precoces e evitáveis, posto que passíveis de serem contornados mediantemedi<strong>da</strong>s preventivas, muitas delas, até razoavelmente singelas.No <strong>Brasil</strong> já há ampla literatura contendo pesquisas sobre os a<strong>no</strong>s vi<strong>da</strong> perdidos<strong>da</strong> população brasileira e de suas múltiplas causas determinantes. Assim, os cálculosdos a<strong>no</strong>s potenciais de vi<strong>da</strong> perdidos têm sido realizados mediante a aplicação <strong>da</strong>s técnicasde Chiang (Maia, 2000; Silva, 2001; Gotlieb, Castilho e Buchalla, 2002; Barbonie Gotlieb, 2004), de Arriaga (Simões, 2002); de Pollard (Abreu e Rodrigues, 2000), edo Banco Mundial (Nedel, Rocha e Pereira, 1999).Saúde <strong>da</strong> popupalação <strong>negra</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>: Contribuições <strong>para</strong> a Promoção <strong>da</strong> Eqüi<strong>da</strong>de139

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!