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Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

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micas e sociais do país (que, em alguma medi<strong>da</strong>, tendem a se refletir <strong>no</strong>s indicadoresde saúde de suas populações), parece razoável supor que há forte correlação entre ascausas mal defini<strong>da</strong>s e as baixas condições de atendimento médico e hospitalar aosrecém-nascidos (tabela 10).Semelhante perfil nessas regiões apresentam os bebês negros do sexo masculi<strong>no</strong>que faleceram com me<strong>no</strong>s de um a<strong>no</strong> de i<strong>da</strong>de. Em to<strong>da</strong>s elas, as afecções do períodoperinatal apareceram como causas mo<strong>da</strong>is de mortali<strong>da</strong>de. Já a importância relativa <strong>da</strong>scausas mal defini<strong>da</strong>s variou de acordo com a região. Assim, <strong>no</strong> Sudeste eram 6,9% dototal de óbitos; <strong>no</strong> Sul, 7,7%; e <strong>no</strong> Centro-Oeste, 6%; destacando-se Nordeste e Norte,com 21,1% e 15,1% dos óbitos, respectivamente (<strong>no</strong>vamente há provável correlaçãoentre pobreza regional e condições de atendimento médico e hospitalar de baixo perfil).Coerentemente, o fato de os bebês negros do sexo masculi<strong>no</strong> dessa faixa etária seremespecialmente vitimados por esse tipo de morte em to<strong>da</strong>s as regiões do país, apenas implicaque suas condições de assistência se deram dentro de condições proporcionalmentemais degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s que o ocorrido entre os bebês brancos de mesmo sexo (tabela 11).b) Entre um e quatro a<strong>no</strong>sNesse grupo etário, as crianças brancas do sexo masculi<strong>no</strong> de todo o país faleceram,principalmente, por causas não naturais (32,8%), como os acidentes de transporte,que responderam por 12,5% do total <strong>da</strong>s mortes. As demais causas em destaque foram:doenças do aparelho respiratório (13,3%); neoplasias (11,1%); doenças infecciosas e<strong>para</strong>sitárias (11,4%), e as causas mal defini<strong>da</strong>s (8,0%) (tabela 6).Entre as crianças pretas do sexo masculi<strong>no</strong> <strong>da</strong> mesma faixa de i<strong>da</strong>de, a causamo<strong>da</strong>l de mortali<strong>da</strong>de também foram as causas externas, que responderam por 21,5%dos falecimentos nesse grupo etário (5,9% dos óbitos ocorreram por acidentes de transporte).As causas mal defini<strong>da</strong>s estiveram em segundo lugar, com 19,3% dos óbitos;igualmente importantes foram as doenças do aparelho respiratório (16,3%) e as doençasinfecciosas e <strong>para</strong>sitárias (14,8%) (tabela 7).Na tabela 8 vemos que permanecem as causas externas as responsáveis pelasmortes de crianças par<strong>da</strong>s do sexo masculi<strong>no</strong> entre um e quatro a<strong>no</strong>s: 33,8%. Os acidentesde transporte representaram 11,0% do total de óbitos. As causas mal defini<strong>da</strong>sresponderam por 13,7% dos casos de falecimentos; as doenças do aparelho respiratóriopor 12,3%; e doenças infecciosas e <strong>para</strong>sitárias por 11,7%.No caso <strong>da</strong>s crianças <strong>negra</strong>s de mesmo sexo e faixa etária (tabela 9), o principalmotivo de mortali<strong>da</strong>de foram igualmente as causas externas: 32,4%, com os acidentesde transporte representando 10,4% do total de mortes. Doenças do aparelho respiratório70Fun<strong>da</strong>ção Nacional de Saúde

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