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Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

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circulatório; <strong>no</strong> Sudeste e <strong>no</strong> Centro-Oeste, as causas externas e as doenças do aparelhocirculatório; <strong>no</strong> Sul, destacaram-se as doenças do aparelho circulatório. Quanto àmorte por homicídio, ela atingiu os homens negros <strong>da</strong> seguinte forma: Sudeste, 15,3%;Centro-Oeste, 12,4%; Norte, 11,0%; Nordeste, 8,5%; e Sul, 6,9% (tabela 11).Na tabela 12 encontram-se as principais causas de mortali<strong>da</strong>de de indígenas eamarelos do sexo masculi<strong>no</strong> de to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong>des. Conforme salientado, os limites <strong>da</strong>sbases de <strong>da</strong>dos do SIM e a pequena proporção desses grupos na população brasileiraimpediram que fossem aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>s as desagregações por grupos etários.Entre os amarelos, as principais causas de morte foram: doenças do aparelhocirculatório, 27,4%; neoplasias, 15%; causas mal defini<strong>da</strong>s, 12,5%; causas externase doenças do aparelho respiratório, 11%. Já os homicídios atingiram “somente” 3,1%desse contingente.Independentemente desses <strong>da</strong>dos, vale salientar uma dúvi<strong>da</strong> gera<strong>da</strong> <strong>no</strong> processo desistematização dos <strong>da</strong>dos SIM pelo presente estudo, <strong>no</strong> que tange às causas de mortali<strong>da</strong>deentre os amarelos. No <strong>Brasil</strong>, culturalmente, a cor amarela não está associa<strong>da</strong> somente aum grupo racial ou de cor, mas, igualmente, a má condição física deriva<strong>da</strong> de algumadoença infecciosa e <strong>para</strong>sitária (esquistossomose, lombriga, vermi<strong>no</strong>ses de todo o tipo) oupor problemas de anemia causa<strong>da</strong> por algum outro motivo. Desse modo, talvez possa virocorrendo um certo equívoco <strong>no</strong>s procedimentos de preenchimento <strong>no</strong>s atestados de óbitos,quiçá inflando o número de registros de óbitos com raça/cor amarela. Destarte, utilizandosea base de <strong>da</strong>dos do SIM, combina<strong>da</strong> com os <strong>da</strong>dos do Censo Demográfico de 2000,observa-se que a taxa de mortali<strong>da</strong>de de bebês amarelos do sexo masculi<strong>no</strong> abaixo de uma<strong>no</strong> de i<strong>da</strong>de atingia a marca de 11,8 mil óbitos por 100 mil habitantes. À guisa de exemplo,em todo o país, essa marca entre os bebês do sexo masculi<strong>no</strong> abaixo de um a<strong>no</strong> de i<strong>da</strong>deera de 3,4 mil por 100 mil habitantes. Por esse motivo, parece razoável supor que essesfatores de ordem cultural possam estar se imiscuindo <strong>no</strong> interior do processo de registros<strong>da</strong> raça/cor <strong>da</strong>s pessoas faleci<strong>da</strong>s em seus respectivos registros de óbitos, representandomais um fator de evasão de registros dessa variável.Entre os indígenas, a principal causa de mortali<strong>da</strong>de, declara<strong>da</strong> <strong>no</strong>s registrosde óbitos, foram as causas mal defini<strong>da</strong>s: 23% dos casos de óbito. As demais causasde morte relativamente mais importantes entre os indígenas de to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong>des dosexo masculi<strong>no</strong> foram: doenças do aparelho circulatório, 18,2%; causas externas,17,5%; doenças infecciosas e <strong>para</strong>sitárias, 9,9%; doenças do aparelho respiratório,8,3%; e neoplasias, 6,1%. Já os homicídios foram responsáveis por 6,8% do total defalecimentos.78Fun<strong>da</strong>ção Nacional de Saúde

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