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Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

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As mulheres par<strong>da</strong>s <strong>da</strong> região Centro-Oeste tiveram como principal causa de morteas doenças do aparelho circulatório, vetor que acarretou a per<strong>da</strong> de 1,32 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong>desse grupo. Em segundo lugar apareceram as neoplasias, causa de morte que reduziuem 0,77 a<strong>no</strong> a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s mulheres par<strong>da</strong>s <strong>da</strong> região. Em terceiro lugar encontravam-seas afecções do período perinatal, responsáveis pela per<strong>da</strong> de 0,74 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong> dessecontingente. As demais causas de morte que impactaram significativamente o tempomédio de sobrevi<strong>da</strong> dessas mulheres foram: causas externas (per<strong>da</strong> de 0,68 a<strong>no</strong> devi<strong>da</strong>); doenças infecciosas e <strong>para</strong>sitárias (per<strong>da</strong> de 0,54 de vi<strong>da</strong>); doenças do aparelhorespiratório (per<strong>da</strong> 0,52 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong>); e causas mal defini<strong>da</strong>s (per<strong>da</strong> 0,47 de vi<strong>da</strong>). Aper<strong>da</strong> com acidentes de trânsito: 0,24 a<strong>no</strong> (tabela 36).Entre as mulheres <strong>negra</strong>s <strong>da</strong> região Centro-Oeste, a principal causa de mortali<strong>da</strong>deque mais teve impacto sobre os a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas desse grupo foram as doençasdo aparelho circulatório, responsável pela per<strong>da</strong> de 1,33 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong>. Em segundo eterceiro lugares, enquanto fatores redutores de a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s mulheres <strong>negra</strong>s dessaregião, apareceram as neoplasias (per<strong>da</strong> de 0,78 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong>) e as afecções do períodoperinatal (per<strong>da</strong> de 0,73 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong>). As demais causas de morte mais relevantesforam: causas externas (per<strong>da</strong> de 0,67 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong>); doenças infecciosas e <strong>para</strong>sitárias(per<strong>da</strong> de 0,55 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong>); doenças respiratórias (per<strong>da</strong> de 0,52 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong>); causasmal defini<strong>da</strong>s (per<strong>da</strong> de 0,49 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong>); e malformações congênitas (per<strong>da</strong> de 0,33a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong>). A per<strong>da</strong> com acidentes de trânsito: 0,22 a<strong>no</strong> (tabela 36).5.6.4. Média etária de falecimento segundo os grupos de raça/cor e sexoA compreensão dos resultados encontrados em termos dos números de a<strong>no</strong>s devi<strong>da</strong> perdidos desagregados pelos grupos de raça/cor e sexo obedece a duas ordens defatores. A primeira diz respeito às razões de mortali<strong>da</strong>de desses respectivos contingentes.Conforme verificado, nas bases de <strong>da</strong>dos do SIM, a razão de mortali<strong>da</strong>de dos brancosaparece superior à mesma razão encontra<strong>da</strong> entre os pretos e pardos. Em <strong>no</strong>sso estudolevantamos a hipótese de que, vis-à-vis à reali<strong>da</strong>de vigente, pudesse estar ocorrendo umcerto viés branqueador nas bases do SIM, e que, <strong>para</strong> corrigir em parte esse problema,nós realizamos sua correção parcial mediante o uso de estimativas indiretas. De todomodo, vale salientar que essa correção foi somente parcial, tendo sido aplica<strong>da</strong> apenas<strong>para</strong> as faixas etárias abaixo de cinco a<strong>no</strong>s. Por esse motivo, as razões de mortali<strong>da</strong>dede brancos e negros conti<strong>da</strong>s <strong>no</strong> presente estudo, mesmo com as correções realiza<strong>da</strong>s,ain<strong>da</strong> são superiores <strong>para</strong> o primeiro contingente. Provavelmente por isso que, emgrande medi<strong>da</strong>, o somatório dos a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos dos brancos, sem os ajustes àsdesigual<strong>da</strong>des raciais, apresentaram-se superiores aos dos negros.Alternativamente, os diferenciais <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos entre os grupos deraça/cor e sexo, além <strong>da</strong>s razões de mortali<strong>da</strong>de, devem ser fun<strong>da</strong>mentalmente com-178Fun<strong>da</strong>ção Nacional de Saúde

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