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Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

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2.5. A Criança <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> – ações e estratégiasCom o intuito de aumentar o acesso, melhorar a quali<strong>da</strong>de e humanizar aassistência presta<strong>da</strong> às crianças brasileiras, destacam-se algumas ações que vêm sendorealiza<strong>da</strong>s pelo Ministério <strong>da</strong> Saúde em conjunto com os estados e municípios, contandocom o apoio de outros setores governamentais e não-governamentais:• ampliação <strong>da</strong> Iniciativa Hospitais Amigo <strong>da</strong> Criança (IHAC) <strong>para</strong> 199 uni<strong>da</strong>deshospitalares, visando à promoção, proteção e apoio à amamentação, por meio<strong>da</strong> melhoria de práticas e rotinas em materni<strong>da</strong>des.Nessas uni<strong>da</strong>des os profissionais de saúde oferecem atendimento mais humanizadoà mãe e ao recém-nascido.Para que um hospital receba o título de Amigo <strong>da</strong> Criança é preciso seguir algumasregras tais como: ter <strong>no</strong>rma escrita sobre aleitamento mater<strong>no</strong>; treinar a equipe de saúde;informar as gestantes sobre as vantagens do leite mater<strong>no</strong>; aju<strong>da</strong>r as mães a iniciar essaprática e não <strong>da</strong>r aos recém-nascidos nenhum outro alimento ou bebi<strong>da</strong> além do leitemater<strong>no</strong>. Devem também seguir outros requisitos relacionados à saúde <strong>da</strong> mulher.Esta iniciativa começou tendo como alvo o combate ao desmame precoce, inicialmenteera feita pelo Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (Inan), sendo queposteriormente incorpora<strong>da</strong> pela área de saúde <strong>da</strong> criança do Ministério <strong>da</strong> Saúde.Ain<strong>da</strong> é baixo o número de materni<strong>da</strong>des que conseguiram a titulação <strong>da</strong>Iniciativa. Observa-se em muitas uni<strong>da</strong>des que as informações e esclarecimentos sobreos benefícios e importância do aleitamento mater<strong>no</strong> ain<strong>da</strong> são muito restritas, e muitasain<strong>da</strong> não dispõem de alojamento conjunto.Levando-se em conta os <strong>da</strong>dos desagregados por cor sobre saúde reprodutiva divulgadospela Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) de 1996, que apontaque as mulheres <strong>negra</strong>s tem conhecimento precário sobre fisiologia reprodutiva e acessoà contracepção e também têm me<strong>no</strong>r acesso à assistência obstétrica seja durante opré-natal, parto ou puerpério, talvez não seja forçoso concluir que informações sobrealeitamento mater<strong>no</strong> sigam o mesmo padrão de precarie<strong>da</strong>de.Corroborando com a PNDS/1996, foi realizado estudo sobre Desigual<strong>da</strong>desRaciais, Sociodemográficas e na Assistência ao Pré-natal e ao Parto. (Município doRio de Janeiro – <strong>Brasil</strong>, 1999 – 2001). Tal estudo realizado por Leal, Gama e Cunha foicomposto por uma amostra de 9.633 puérperas, sendo 51,9% brancas e 48% <strong>negra</strong>s(somatório de pretas e par<strong>da</strong>s). A pesquisa revelou situações desfavoráveis <strong>para</strong> asmulheres <strong>negra</strong>s na maioria <strong>da</strong>s variáveis analisa<strong>da</strong>s. Salienta-se aqui, que o baixopeso ao nascer teve uma diferença significativa entre os grupos de cor, sobretudo <strong>no</strong>410Fun<strong>da</strong>ção Nacional de Saúde

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