12.07.2015 Views

Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Diferenciais raciais <strong>no</strong>s perfis e estimativas demortali<strong>da</strong>de infantil <strong>para</strong> o <strong>Brasil</strong>Estela Maria García de Pinto <strong>da</strong> Cunha – Socióloga, mestreem Demografia e Doutora em Saúde Coletiva pela Unicamp.Pesquisadora do Núcleo de Estudos de População<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Estadual de Campinas (Nepo/Unicamp).Posdoctoral Fellow at the Population Research Center atthe University of Texas at Austin-USA.Alberto Augusto Eichman Jakob – Bacharel em Estatística,Especialista em Sistema de Informações Geográficase Geoestatística. Doutor em Demografia, Mestre emEngenharia Agrícola. Coordenador de informática doProjeto, Pós-doutorando pelo CNPq <strong>no</strong> Núcleo de Estudosde População <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Estadual de Campinas(Nepo/Unicamp).1. IntroduçãoA bibliografia existente permite saber que, em geral, os mapas de pobreza sesuperpõem com os de distribuição por raça, cor e etnia, implicando que, <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, osnegros sejam os que ocupam as posições me<strong>no</strong>s qualifica<strong>da</strong>s e pior remunera<strong>da</strong>s <strong>no</strong>mercado de trabalho; os que apresentam níveis mais baixos de instrução; que residemem áreas com me<strong>no</strong>s serviços de infra-estrutura básica; que sofrem maiores restrições<strong>no</strong> acesso a serviços de saúde e, quando o fazem, estes sejam de pior quali<strong>da</strong>de eme<strong>no</strong>r resolutivi<strong>da</strong>de relativa. (Dieese, 2000; IBGE, 2000; Paixão 2000).Esta parte <strong>da</strong> população brasileira vivencia, em quase to<strong>da</strong>s as dimensões de suaexistência, situações de exclusão, marginali<strong>da</strong>de e/ou discriminação socioeconômica, o quea coloca em posição de maior vulnerabili<strong>da</strong>de diante de uma série de agravos à saúde.Ao se fazer uma revisão de trabalhos nacionais sobre a mortali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s criançasme<strong>no</strong>res de um a<strong>no</strong> segundo raça/cor, constata-se que a maioria deles aponta,sistematicamente, <strong>para</strong> uma sobremortali<strong>da</strong>de de negros quando com<strong>para</strong>dos comos brancos <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, nas grandes regiões e nas uni<strong>da</strong>des <strong>da</strong> federação, (Cunha, 1990;1991; 1994; 1996; 1997).No entanto, em que pese o acúmulo de conhecimentos sobre a saúde infantilsegundo raça/cor, acredita-se que existem grandes desafios a serem encarados queconsiderem, conjuntamente, os possíveis aspectos genéticos como um dos condicio-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!