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Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

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na segun<strong>da</strong> parcela, com informações de mortali<strong>da</strong>de deficientes devido às baixasproporções nas coberturas dos óbitos, estariam os estados do Rio Grande do Norte,Paraíba e Alagoas. O Grupo 3 seria composto pelos estados de Mato Grosso, Bahia,Ceará, Amazonas, Rondônia e Tocantins. De acordo com a autora, a baixa quali<strong>da</strong>de<strong>da</strong>s informações sobre mortali<strong>da</strong>de nestas uni<strong>da</strong>des <strong>da</strong> federação residiria nas condiçõesdesfavoráveis à própria coleta desse tipo de informação, tal como a grande extensãoterritorial, ausência de assistência médica, baixa razão de urbanização e, conseqüentemente,baixa proporção de oficialização dos eventos fatais. Assim, <strong>no</strong> interior desseúltimo grupo, a confiabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s informações tenderia a ser maior nas capitais e nasci<strong>da</strong>des proporcionalmente mais importantes. No Grupo 4, por fim, estavam os estadosdo Piauí e do Maranhão, os mais pobres do país. Destarte, segundo as estimativas deVasconcelos (2000), o grau de cobertura dos registros de óbitos <strong>no</strong> Maranhão era de29% e, <strong>no</strong> Piauí, era de 19%, sendo que 80% <strong>da</strong> população desses estados viviamem municípios que apresentavam uma situação de coleta não regular de informaçõessobre mortali<strong>da</strong>de.Quando os registros de mortali<strong>da</strong>de inexistem ou são de quali<strong>da</strong>de questionável,as estatísticas de mortali<strong>da</strong>de baseiam-se em estimativas indiretas sobre a probabili<strong>da</strong>dede sobrevivência dos filhos. Segundo Silva e Pessoa (2002, p. 1) “as quanti<strong>da</strong>des populacionaisrequeri<strong>da</strong>s <strong>para</strong> estimar as taxas de mortali<strong>da</strong>de infantil usando este métodoincluem o número total de mulheres, o número total de filhos nascidos vivos e o númerototal de filhos nascidos vivos que já morreram, todos referentes a ca<strong>da</strong> um dos grupos demulheres classifica<strong>da</strong>s <strong>no</strong>s grupos qüinqüenais de i<strong>da</strong>de: 15 a 19 a<strong>no</strong>s, 20 a 24 a<strong>no</strong>s, ...,45 a 49 a<strong>no</strong>s”. A partir dessas informações, os indicadores são aplicados ao procedimentoCEBCS (Children ever Born and Children Surviving) do programa Mortpak, desenvolvidopela divisão de população <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s (Monteiro, 1996).No <strong>Brasil</strong>, em geral, a construção <strong>da</strong>s tábuas de mortali<strong>da</strong>de baseia-se <strong>no</strong> modeloOeste <strong>da</strong>s tábuas de Coale-Demeny, variante Trussel, e as principais fontes de pesquisasdemográficas são a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad) e aamostra do Censo Demográfico, ambas do IBGE. A partir dessas técnicas, modelos ebases de <strong>da</strong>dos, é factível chegar-se aos níveis de mortali<strong>da</strong>de infantil (me<strong>no</strong>res de uma<strong>no</strong> de i<strong>da</strong>de); de mortali<strong>da</strong>de de crianças entre um e cinco (exclusive) a<strong>no</strong>s de i<strong>da</strong>dee a esperança de vi<strong>da</strong> ao nascer. Mais adiante, quando forem analisa<strong>da</strong>s as esperançasde vi<strong>da</strong> dos grupos de raça/cor <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, retomamos esse assunto.56Fun<strong>da</strong>ção Nacional de Saúde

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