12.07.2015 Views

Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

em 1,16 a<strong>no</strong>; 16,7% do total de a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos por esse contingente. A terceiracausa mais impactante sobre o tempo médio de sobrevi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s mulheres <strong>negra</strong>s foramos eventos fatais de origem não identifica<strong>da</strong>, que reduziram em 1,06 a<strong>no</strong> (15,4% dosomatório dos a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos) a esperança de vi<strong>da</strong> ao nascer <strong>da</strong>quelas pessoas.Tanto as doenças do aparelho respiratório, como as doenças infecciosas e <strong>para</strong>sitárias,responderam, ca<strong>da</strong> uma, pela redução de 0,66 a<strong>no</strong> do tempo médio de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s mulheres<strong>negra</strong>s (9,6% do total de a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos). As causas externas retiraram<strong>no</strong> período em apreço 0,6 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s mulheres <strong>negra</strong>s (8,7% do total <strong>da</strong>s per<strong>da</strong>sde a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong>). Os homicídios, tão impactantes nas médias de vi<strong>da</strong> dos homensnegros, apresentaram entre as mulheres <strong>negra</strong>s um nível de intensi<strong>da</strong>de me<strong>no</strong>r, sendoresponsáveis pela redução de 0,11 a<strong>no</strong> de vi<strong>da</strong> <strong>no</strong> interior desse grupo. Para concluir,o somatório dos a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos pelas mulheres <strong>negra</strong>s foi de 6,92 a<strong>no</strong>s.Na com<strong>para</strong>ção <strong>da</strong> composição dos a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos <strong>da</strong>s mulheres pretas emrelação às mulheres brancas, percebemos que aquelas perdiam mais a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> por causasexternas (diferença de 0,64 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as pretas); doenças do aparelho circulatório (diferençade 0,47 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as pretas); doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (diferença de0,3 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as pretas); doenças infecciosas e <strong>para</strong>sitárias (diferença de 0,26 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> aspretas); doenças do aparelho respiratório (diferença de 0,25 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as pretas); HIV/aids(diferença de 0,09 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as pretas); afecções do período perinatal (diferença de 0,08 a<strong>no</strong><strong>para</strong> as pretas); tuberculose (diferença de 0,06 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as pretas); doenças do aparelhodigestivo (diferença de 0,06 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as pretas); homicídios (diferença de 0,03 a<strong>no</strong> <strong>para</strong>as pretas); e causas externas (diferença de 0,02 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as pretas). Já as mulheres brancasapresentavam maior índice de a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos nas neoplasias (diferença de 0,24a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as brancas); <strong>no</strong>s acidentes de trânsito (diferença de 0,08 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as brancas); enas malformações congênitas (diferença de 0,06 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as brancas).Na com<strong>para</strong>ção <strong>da</strong> composição dos a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos <strong>da</strong>s mulheres par<strong>da</strong>sem relação às brancas, observamos que as mulheres par<strong>da</strong>s perderam mais a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong>por causas não identifica<strong>da</strong>s (diferença de 0,5 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as par<strong>da</strong>s); afecções do períodoperinatal (diferença de 0,3 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as par<strong>da</strong>s); doenças infecciosas e <strong>para</strong>sitárias (0,19a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as par<strong>da</strong>s); causas externas (diferença de 0,07 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as par<strong>da</strong>s); doençasdo aparelho respiratório (diferença de 0,05 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as par<strong>da</strong>s); homicídios (diferençade 0,02 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as par<strong>da</strong>s); e tuberculose (diferença de 0,02 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as par<strong>da</strong>s). Já asmulheres brancas tiveram maior quanti<strong>da</strong>de de per<strong>da</strong>s de a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> nas neoplasias(diferença de 0,49 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as brancas); doenças do aparelho circulatório (diferençade 0,35 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as brancas); malformações congênitas (diferença de 0,05 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> asbrancas); doenças do aparelho digestivo (diferença de 0,04 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as brancas) HIV/aids(diferença de 0,03 a<strong>no</strong> <strong>para</strong> as brancas); e acidentes de trânsito (diferença de 0,02 a<strong>no</strong><strong>para</strong> as brancas). Já <strong>para</strong> as doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas e <strong>para</strong> oshomicídios por armas de fogo, as diferenças entre os a<strong>no</strong>s de vi<strong>da</strong> perdidos verificadosentre as mulheres brancas e as mulheres par<strong>da</strong>s foram praticamente nulas.154Fun<strong>da</strong>ção Nacional de Saúde

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!