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Saúde da população negra no Brasil: contribuições para

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É interessante ressaltar que o relatório elaborado pelo Instituto de Medicina dosEstados Unidos (Unequal Treatment) assinala, entre as muitas vantagens do monitoramento,a redução de custos <strong>da</strong> prestação de serviços (Smedley e col, 2003, p. 216).De qualquer modo, experiências vivi<strong>da</strong>s em diversas partes do mundo (McCoyet al., 2003, p. 237-287) indicam que o monitoramento de políticas <strong>da</strong> perspectiva <strong>da</strong>eqüi<strong>da</strong>de pode ser feito considerando diferentes fontes de <strong>da</strong>dos, tanto as já existentes<strong>no</strong> interior dos países ou locali<strong>da</strong>des, quanto a partir <strong>da</strong> criação de <strong>no</strong>vas pesquisasou introdução de <strong>no</strong>vos quesitos naquelas existentes. A busca de inteligibili<strong>da</strong>de e desimplici<strong>da</strong>de deve <strong>no</strong>rtear as escolhas e elaborações.Vale destacar também que métodos de avaliação têm sido desenvolvidos, tendocomo escopo a eqüi<strong>da</strong>de racial na saúde, tanto a partir de amplas áreas geográficasquanto na perspectiva comunitária. Um importante aspecto que se apresenta <strong>para</strong>conferir mais precisão e adequação às pesquisas e avaliações é a participação deintegrantes dos grupos focalizados pelas políticas, desde a elaboração <strong>da</strong> pesquisa eseus instrumentos até seu desenvolvimento e análise (Luther e col, 2003, p. 243-248;Hatch e col, 1993, p 27-31; McCoy et al., 2003; Cooper e col, 2002).Um outro ponto fun<strong>da</strong>mental é o que provém do reconhecimento de que osfatores vinculados à produção <strong>da</strong>s iniqüi<strong>da</strong>des em saúde estão vinculados não apenasaos fatores intrínsecos ao sistema, como também a fatores sociopolíticos. Assim,processos de avaliação e monitoramento vão requerer mobilização política, que incluio envolvimento de:...pesquisadores e acadêmicos, profissionais de saúde, legisladores epolíticos, agentes do gover<strong>no</strong>, ministros, mídia e o público em geral,e ONGs preocupa<strong>da</strong>s com o desenvolvimento e justiça (McCoy et al.,2003, p. 276).O mesmo envolvimento e a mesma mobilização vão ser exigidos <strong>da</strong>s equipesencarrega<strong>da</strong>s diretamente <strong>da</strong> avaliação e do monitoramento.• PesquisaEstudo bibliométrico recente empreendido por Naomar Almei<strong>da</strong> Filho e colaboradores(2003, p. 2037-2043), como parte dos esforços <strong>da</strong> Opas/OMS <strong>para</strong> a promoçãode pesquisas sobre as condições de vi<strong>da</strong> e outros aspectos de saúde <strong>da</strong> populaçãopobre, oferece um retrato razoavelmente preocupante <strong>da</strong>s pesquisas <strong>no</strong> campo <strong>da</strong>sdesigual<strong>da</strong>des em saúde na América Latina e Caribe. Analisando uma bibliografiacomposta por 269 documentos escritos <strong>no</strong> período de 1971 a 1995 em to<strong>da</strong> a região,Saúde <strong>da</strong> popupalação <strong>negra</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>: Contribuições <strong>para</strong> a Promoção <strong>da</strong> Eqüi<strong>da</strong>de369

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