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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM

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leitura (cf. 3.2.1), a inclusão <strong>de</strong> textos teóricos nos relatórios <strong>de</strong> estágio foi uma exigência do<br />

professor <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Ensino, cumprida s<strong>em</strong> nenhum comprometimento reflexivo. Contudo,<br />

tais textos merec<strong>em</strong> nossa atenção, por sinalizar<strong>em</strong> as teorias com as quais os futuros<br />

professores estão tendo contato, ainda que superficialmente.<br />

105<br />

Enten<strong>de</strong>mos que a responsabilida<strong>de</strong> da forma <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong>sses textos nos<br />

relatórios pertence mais ao orientador do estágio do que ao próprio aluno, pois a ele cabe<br />

questionar a qualida<strong>de</strong> do material entregue e, conforme o caso, recusar-se a aceitá-lo. A<br />

atribuição <strong>de</strong> uma nota 9,0, 9,5, e até 10,0 (como ocorreu) a um relatório <strong>de</strong> estágio, cuja<br />

forma foge aos padrões aceitáveis, é uma questão a ser repensada pelos mestres e pelas<br />

autorida<strong>de</strong>s escolares.<br />

Em relação ao conteúdo veiculado, chama a atenção um texto intitulado Pequena<br />

história da escrita, que indica que o professorando t<strong>em</strong> conhecimento <strong>de</strong> que a escrita é uma<br />

tentativa <strong>de</strong> representação, tanto do mundo real quanto da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abstração do hom<strong>em</strong>.<br />

“No início da civilização, os homens sentiram necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mostrar o que<br />

estavam sentindo, pensando, e começaram a usar o <strong>de</strong>senho para representar seu pensamento.<br />

A escrita surgiu através do <strong>de</strong>senho que o hom<strong>em</strong> fazia para representar a fala.”<br />

Consi<strong>de</strong>ramos esse conhecimento importante na formação do professor, pois<br />

implica também o conhecimento do alto grau <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong> da escrita, já que entre esta e o<br />

objeto que representa há s<strong>em</strong>pre um sujeito. Reflexões sobre esse aspecto revest<strong>em</strong>-se <strong>de</strong><br />

especial importância na fase inicial <strong>de</strong> escolarização, já que o mundo objetivo da criança po<strong>de</strong><br />

surgir constant<strong>em</strong>ente nos textos produzidos por ela nessa fase.<br />

Um outro texto, que trata da motivação para as tarefas escolares, afirma que:<br />

“motivação é ter estímulo para realizar quaisquer ativida<strong>de</strong>s. E esse estímulo <strong>de</strong>ve nos mostrar<br />

que a ação a ser concluída não é fútil n<strong>em</strong> inútil, mas algo que irá acrescentar conhecimento<br />

para nós ou trará benefício para os que estão a nossa volta.”<br />

Indiretamente essa afirmação nos r<strong>em</strong>ete a uma das condições <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong>fendida por Geraldi (1997 p. 160) “ter uma razão para dizer o que se t<strong>em</strong> a dizer”, isto é,<br />

estar motivado para dizer/escrever é fundamental no ensino-aprendizag<strong>em</strong> <strong>de</strong> escrita <strong>de</strong><br />

textos, porque <strong>de</strong>ssa motivação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> a procura por estratégias para escolher a forma mais<br />

a<strong>de</strong>quada àquele interlocutor. A motivação também auxilia o professor na correção do texto<br />

do aluno, pois, sabendo o que a criança quer com seu texto (reivindicar, <strong>de</strong>nunciar, convencer

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