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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM

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autor. Enten<strong>de</strong>mos que, <strong>em</strong> qualquer dos caminhos abordados pela pesquisadora, o papel do<br />

professor é indispensável na criação <strong>de</strong> estratégias que lev<strong>em</strong> o aluno a estabelecer relações<br />

com o texto.<br />

Conforme l<strong>em</strong>bra Dell’Isola (1996), a leitura não é feita apenas por <strong>de</strong>codificação;<br />

as inferências são importantes nesse processo, uma vez que é por meio <strong>de</strong> inferências <strong>de</strong><br />

diferentes graus <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, resultantes <strong>de</strong> sua bagag<strong>em</strong> pessoal, que o leitor resgata<br />

conhecimentos armazenados na m<strong>em</strong>ória, os quais geram expectativas que po<strong>de</strong>rão ser<br />

confirmadas ou <strong>de</strong>scartadas, <strong>de</strong> acordo com as informações explícitas ou implícitas do texto.<br />

As inferências <strong>de</strong>preendidas do texto e pelo texto levam a uma representação mental, que<br />

po<strong>de</strong> ser, constant<strong>em</strong>ente, modificada pelo sujeito/leitor, gerando novas inferências, que<br />

colaboram para a interpretação do texto e para o preenchimento <strong>de</strong> suas possíveis lacunas. No<br />

processo <strong>de</strong> leitura como co-produção do texto, portanto, a participação ativa do leitor<br />

apresenta-se como primordial.<br />

A leitura co-produtora do texto é aquela intersticial entre o autor, mentor do<br />

texto; o texto <strong>em</strong> si, enquanto manifestação <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong>, e o sujeito-leitor,<br />

cuja subjetivida<strong>de</strong> cognitiva lê, literalmente, a produção contida no textoforma<br />

e cuja subjetivida<strong>de</strong> é interacional com a linguag<strong>em</strong> do <strong>em</strong>issor, para<br />

produzir um novo texto conhecimento, advindo tanto dos caracteres<br />

<strong>de</strong>notativo e conotativo quanto dos espaços lacunares do texto original.<br />

(DELL’ISOLA, 1996, p. 74)<br />

Ver<strong>em</strong>os, a seguir, alguns pressupostos essenciais para esboçar um arcabouço<br />

teórico do ensino-aprendizag<strong>em</strong> <strong>de</strong> leitura, que enriqueça e confirme as discussões<br />

apresentadas.<br />

3.1.2 - A leitura e a representação do real<br />

Assim como Dell’Isola (1996), Leffa (1996), afirma que a leitura é um processo <strong>de</strong><br />

representação, no qual o sujeito olha para uma coisa e vê outra, isto é, o que se apresenta<br />

fisicamente não correspon<strong>de</strong> diretamente à realida<strong>de</strong>, ou ainda, o significante apenas<br />

representa o significado, mas não é o el<strong>em</strong>ento real. Um ex<strong>em</strong>plo que po<strong>de</strong> clarear essa idéia<br />

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