Til – José de Alencar

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- Dá o que prometeu? - Que sabido! Não prometi nada! - Então eu tomo! - É capaz? disse Berta em tom de desafio. - Eu tomo mesmo! E o maganão enlaçou com o braço a flexível cintura da menina, que dobrou-se com a haste da gracíola, para esquivar o rosto aos lábios cobiçosos do saboroso encarnado. - Eu grito! Disse ela. - Que me importa. - Por vida de D. Ermelinda, Afonso! - Não quer que eu tome à força? Pois me dê por sua vontade! - Eu dou. - Então venha. - Logo. - Há de ser já. - Daqui a bocadinho. - Assim não vale o ajuste. Dá ou não? - Um só! - Um para começar. - Aonde? - Espere, que eu lhe mostro! - Não quero mostras, fale. - Aqui! - Na boca? Logo não vê! 128
- Que tem? - Se quiser, há de ser no... no... na... Feche os olhos! - Para que? - Então não dou! - Você quer me lograr? - Palavra! De arrogante que estava poucos momentos antes, tornara-se o Afonso novamente submisso, e tímido suplicava a carícia de que ameaçara a menina, prestando-se humilde a todos os seus caprichos e negaças. Fechou ele os olhos, e Berta cerrando-lhe por cautela as pálpebras com a palma da mão esquerda, acenou um beijo, que derramou-lhe nas faces tépida fragrância. Mas antes que os lábios tocassem a macia penugem, caiu-lhe sobre a orelha um piparote, que por ser de unha rosada e faceira não deixou de doer, tanto como dói um espinho de rosa. Quando Afonso, arrebatado ao enlevo da carícia que já libava no hálito perfumado, deu acordo de si, tinha-lhe fugido a menina dentre os braços, e uma risada fresca e límpida trinava ali perto, entre as moitas. Este logro abateu o gênio folgazão do moço. Em vez de correr após a menina e desforrar-se da peça que lhe acabava de pregar, deixou-se ficar tristonho e aborrecido. Era o amor que assim esfumava com laivos de melancolia os brincos e travessuras da adolescência. Vendo o camarada ressentido, não se conteve Berta que o ficara espiando, partida entre o prazer da pirraça e o susto da desforra com que ela contava. Aproximou-se compadecida; e com uma graciosa inflexão da fronte docemente enrubescida e uma gentil expressão de ternura e bondade, pousou os lábios na face do mancebo. - Está; não fique zangado! Estremeceu Afonso. A fronte reclinando com o enlevo da carícia repousou lânguida sobre a formosa cabeça da menina, cujos cabelos anelados amaciava com a mão trêmula. Assim o cedro alterneiro, se 129
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da terra, iam os impulsos desses jo
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Rompeu-lhe do seio uma sublevação
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desânimo, tinha-os ele nos momento
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- Eu não! disse Miguel prontamente
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Tinha Luís Galvão o gênio empree
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invocada a divina padroeira, pois a
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com a gola de belbute levantada; bo
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- Safa!... Neste caso vou por aí a
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- Já está acabando. Não tem temp
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- Que vergonha! murmurou a crioula
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família, e, embora se mostrasse al
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- E mamãe fica só? - Preciso desc
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- Não, meu maninho do coração, n
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XI No tanquinho Depois da pequena p
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encontro da amiga e camarada de inf
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As confidências do irmão; as long
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Tornaram, pois, à conversa, indife
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- Escondeu-se conforme o costume pa
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Não pode achá-lo. A perturbação
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andidas, conseguiu manter-se com o
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Jão Fera estremeceu: - Empenhei mi
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do saco. Farta a galinha da sua pit
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- Coitado do cotó! Ainda está mui
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Nessas ocasiões fitava Berta os ol
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Nesse estado de estupor, vagava a p
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Foi esta cena cruel que Berta viu d
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especial dessas feições, e partic
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com as espingardas ao ombro; e dian
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- Quem sabe se o senhor conhece o B
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Tais eram as disposições do Gonç
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começava necessariamente pelo comp
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A quem não estivesse muito habitua
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eçumou um ai dos lábios nem lente
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no semblante uma ânsia repentina e
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XXVI O abecê Em uma das escapulas
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- Hanh?... tartamudeou ele ofegante
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olhar do semblante de Berta ao vult
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- Então sou alguma criança! disse
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Entretanto, o subdelegado em compan
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A louca recebeu a menina com viva e
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Ergueu a menina a fronte resplandec
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- Não acredito, estão me enganand
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gritar. Zana estendia os braços hi
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