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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

“ Disse-te adeus e morri/E o cais vazio de ti/Aceitou novas marés/(...) Pois<br />

na ausência que deixaste/Meu amor, como ficaste/Meu amor, como demoras”.<br />

ALEXANDRE O’NEILL : 1924-1986<br />

Um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa também foi<br />

escolhido por Amália. Trata-se de Alexandre O’Neill . O’Neill, que foi<br />

um dos maiores defensores da libertação total do homem e da arte,<br />

rompe os seus laços com aquele movimento em 1950, gerando, com tal,<br />

alguma polémica. Nos seus versos e textos, o tema dominante é a<br />

pátria, satirizando Portugal e os portugueses, criticando a imagem do<br />

que ele considerava um pseudo-proletariado heróico mitificado por um<br />

neo-realismo de raízes marxistas 114 . Um dos seus poemas que ficou<br />

célebre, na voz de Amália, foi “Gaivota” no disco Fado Português<br />

(1965).<br />

A Saudade da pátria e do amor distantes está patente em<br />

“Gaivota” de Alexandre O’Neill. Marcante é o diálogo com a natureza e<br />

seus habitantes, neste caso, uma gaivota, ave por excelência de<br />

referência e de companhia para “o português marinheiro dos sete mares<br />

andarilho”. E, de novo, o tema da ausência e do amor que se encontra,<br />

para logo se perder:<br />

114<br />

SARAIVA, António José e LOPES, Óscar, História da Literatura Portuguesa,<br />

Porto, Porto Editora, 1989, p. 1127.<br />

96

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