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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

água. (...) O Fado do marinheiro foi o que serviu de modelo aos primeiros<br />

Fados que se tocaram e cantaram em terra” 128 .<br />

Também Magnus A. Bergstrom escreveu o seguinte acerca do<br />

tema, A voz do mar e o Fado:<br />

“ ... Atento depois à voz do mar, triste e profunda, ficou em mim esta<br />

convicção: o Fado nasceu por sobre as ondas do oceano, a bordo dos nossos<br />

navios. Foram lábios portugueses que o entoaram nos momentos de grande<br />

saudade. Marinheiros de Portugal lhe escutaram os primeiros segredos,<br />

marinheiros da nossa terra o tornaram célebre” 129 .<br />

2.4- SENTIDO TELÚRICO<br />

Alguns dos versos que Amália canta exprimem um forte sentido<br />

telúrico.<br />

Falamos do sentido de pertença a um povo, a uma geografia, a uma<br />

cidade, ou, mesmo, um bairro. É o tema das raízes, da paisagem onde<br />

nascemos e crescemos, onde nos reconhecemos, totais e inteiros, e<br />

cujo afastamento, nos deixa como que mutilados de uma parte<br />

128<br />

CARVALHO, João Pinto de (TINOP), História do Fado, Lisboa, Publicações Dom<br />

Quixote, 1992, pp. 42-44.<br />

129<br />

In, Canção do Sul, A voz do mar e o Fado, Lisboa, 1930, p.1.<br />

124

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