24.06.2013 Views

amália rodrigues - Universidade Aberta

amália rodrigues - Universidade Aberta

amália rodrigues - Universidade Aberta

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

correspondido. E, por outro lado, a paixão apoia-se num amor louco e<br />

sem esperança:<br />

“ Perdido tudo em vão/porque a paixão não repousa/(...)/ em outra maior<br />

paixão”.<br />

LUIS VAZ DE CAMÕES: 1524-1580<br />

O século XVI, por ser o de Camões, era, entre todos o favorito de<br />

Amália, já que ela achava a poesia daquele lírico a que mais se<br />

adequava, pela construção poética, ritmo e expressão de sentimentos,<br />

à forma do Fado.<br />

Como tantas vezes afirmou:<br />

“ Cantei poetas e cantei Camões. O Camões, para mim, é um grande fadista.<br />

Há lá mais português e mais Fado do que o Camões: com que voz cantarei meu<br />

triste Fado? Não há ninguém que faça nada melhor do que isto, para o Fado<br />

hoje em dia. (...) Sempre me senti atraída pelo Camões”. 98<br />

Seguindo Sá de Miranda e afastando-se de António Ferreira,<br />

Camões cultivou igualmente a escola tradicional em redondilha maior e<br />

98<br />

SANTOS, Vítor Pavão dos, Uma Biografia de Amália Rodrigues, 1ª edição,<br />

Contexto editora, Lisboa, 1987, p. 154.<br />

78

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!