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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

Tudo o que atrás referimos e explicitámos justifica plenamente a<br />

entrada de Amália, como a primeira mulher a ter lugar no Panteão<br />

Nacional, o que pode ser tomado como uma merecida homenagem e<br />

reconhecimento a uma personalidade que de uma forma polémica, na<br />

morte como em vida, soube fundir harmoniosamente a cultura<br />

intelectual com a popular.<br />

A entrada, tão contestada, de Amália Rodrigues no Panteão<br />

Nacional 202 – que até então só acolhera homens – foi a derradeira<br />

vitória de Amália, e do que ela significa, contra uma vertente<br />

patriarcal e machista da sociedade portuguesa, paradoxalmente<br />

presente em muitos intelectuais, os mesmos que contestaram que se<br />

tivesse apoderado da lírica camoniana, e também em relação a um Fado<br />

tradicional que ela libertou desses mesmos temas.<br />

Tudo isto pretendeu este trabalho, para o qual partimos tão despidos<br />

de preconceitos como a própria Amália. Com a ideia de lhe fazer tão<br />

simplesmente justiça e à sua acção de divulgadora e voz privilegiada da<br />

nossa Cultura, sua embaixadora primordial. Trazê-la para a<br />

<strong>Universidade</strong>, dentro da temática de um Mestrado em Estudos sobre<br />

as Mulheres, é tão só reconhecer o seu mérito e contributo. Ou, como<br />

202 “Quem está no Panteão é eterno e cabe-nos manter viva a sua memória” –<br />

declarações da Dra. Iria Esteves Caetano, directora do Panteão Nacional, aquando<br />

das comemorações do 86º aniversário natalício de Amália Rodrigues. Lisboa, 23 de<br />

Julho de 2006. A directora disse ainda que: “ Habitualmente o Panteão recorda as<br />

personalidades que acolhe, no dia do seu aniversário, pois a sua memória e obra<br />

são perpétuas”.<br />

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