24.06.2013 Views

amália rodrigues - Universidade Aberta

amália rodrigues - Universidade Aberta

amália rodrigues - Universidade Aberta

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

“ (...) Donde vens oh minha alma/Venho morta, quase morta (...) Donde vens,<br />

oh minha alma/que já mal te conhecia”.<br />

Em “Flores de Verde Pinho” de ressonância medieval, assistimos à<br />

ausência do amado, acompanhada, como não podia deixar de ser, por um<br />

amor sofrido. As flores do verde pinho são vistas como uma metáfora:<br />

a amada dialoga com as mesmas para saber novas do seu amante:<br />

“ Ai flores do verde pinho/dizei que novas sabedes/da minha alma, cujas<br />

sedes/ma perderam no caminho”.<br />

Retoma-se, pois, o tema poético expresso na cantiga de Dom Deniz,<br />

“Ai Flores do Verde Pinho”:<br />

“ A tua alma em mim existe/e anda no aroma das flores/que te falam dos<br />

amores/de tudo o que é lindo e triste/A tua alma, com carinho/eu guardo-a, e<br />

deito-a, a cantar/das flores do verde pinho/àquelas ondas do mar”.<br />

ALMADA NEGREIROS: 1893-1970<br />

Almada, uma das figuras mais marcantes da geração modernista do<br />

“Orpheu”, também não passou despercebida a Amália. “Rondel do<br />

Alentejo”, com o seu nonsense e jogos rítmicos de palavras, atraiu o<br />

lado mais faceiro e luminoso do universo amaliano. Este poema faz<br />

parte do álbum Obsessão (1990).<br />

“Rondel do Alentejo” é uma canção brejeira e de sátira que se pode<br />

denominar de “bailia” ou de “cantiga de romaria” modernistas em que o<br />

85

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!