24.06.2013 Views

amália rodrigues - Universidade Aberta

amália rodrigues - Universidade Aberta

amália rodrigues - Universidade Aberta

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

Alfredo Marceneiro foi um dos maiores estilistas do Fado, mas<br />

também compositor. O jornal A Guitarra de Portugal chamou-lhe “a<br />

alma do Fado”. Como intérprete destacou-se pela forma peculiar de<br />

cantar, carregando as palavras de intenção, assim como a escolha de<br />

repertório. “ O valor do Fado está no poeta. A letra é que conta. E fazer um<br />

Fado dá trabalho. É preciso décimas, sem esquecer nem forçar a rima”,<br />

confessaria o fadista ao jornal A Voz de Portugal, em Janeiro de 1957.<br />

Como se pode concluir das sua próprias palavras, Marceneiro<br />

dava importância primordial à letra, e, a prová-lo, está o seu vastíssimo<br />

repertório de que se podem destacar, entre outros, os seguintes<br />

Fados: “ Amor é água que corre”, “Colchetes de oiro”, “A Casa da<br />

Mariquinhas”.<br />

O Fado “A Casa da Mariquinhas”, de Silva Tavares, merecia ainda<br />

a atenção de outros poetas populares que de igual forma se<br />

debruçaram sobre essa mítica figura lisboeta, nomeadamente Linhares<br />

Barbosa, “Leilão da Mariquinhas”, Carlos Conde, “Já Sabem da<br />

Mariquinhas”, “ O Testamento da Mariquinhas” de Lopes Victor, ou<br />

“ Vou Dar de Beber à Dor”, de Alberto Janes, ímpar sucesso de Amália<br />

Rodrigues.<br />

Ao longo da sua carreira Alfredo Marceneiro pontificou sempre<br />

no meio fadista como uma figura incontornável.<br />

19

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!