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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

ermida de São Simão onde terá ido, em romaria, para pedir o favor à<br />

Santa de apaziguar a sua coita de amor, toma as ondas do mar como<br />

confidentes da infrutífera espera do amado. Será que, quando diz: “ e<br />

eu sem barqueiro, nem remador, e morrerei formosa no mar maior!”,<br />

se refere a que morrerá de saudades pelo amigo ausente no ‘mar maior’<br />

que é a vida ou se mesmo nele se afundará num súbito acto de<br />

desespero?<br />

PERO DE VIVIÃES : SÉCULO XIII<br />

Ainda no século XIII, aparece-nos a Cantiga de Romaria de Pero de<br />

Viviães: “Pois nossas madres van a San Simon”. Pero de Viviães foi o<br />

autor de um pequeno, mas significativo, cancioneiro lírico, articulado<br />

nos três géneros canónicos galaico-portugueses, transmitido através<br />

de dois manuscritos do século XVI mandados realizar por Ângelo<br />

Colocci. A poesia de Pero Viviães hoje mais conhecida é Poys nossas<br />

madres van a San Simon 95 , escolhida para ser interpretada por Amália<br />

num disco intitulado Cantigas de Amigos (1971) em parceria com os<br />

poetas José Carlos Ary dos Santos e Natália Correia.<br />

A Cantiga de Amigo de Pero de Viviães, “Pois nossas Madres van a<br />

San Simon”, é uma bailia que pode ser vista também como cantiga de<br />

95<br />

LANCIANI, Giulia e TAVANI, Giuseppe, Dicionário da Literatura Medieval Galega<br />

e Portuguesa, Lisboa, Editorial Caminho, 1993, pp. 552-553.<br />

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