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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

notavelmente o traça, no seu poema atrás analisado, “Lavava no rio,<br />

lavava”.<br />

Hoje, mulher artista de renome, estranha a sua tristeza, a ânsia de<br />

saudade por algo que, infelizmente, não volta mais. De novo, a infância<br />

e a adolescência como um ‘Paraíso Perdido’. Mas o tempo anda para a<br />

frente e nunca para trás. Assim é a nossa vida. Por muito cheia e<br />

repleta, encontramo-nos sozinhos, no meio da multidão:<br />

“Será que valho a canseira/Do vosso tempo perdido/Não sei de qualquer<br />

maneira/Acho o retrato parecido” 164 .<br />

No poema “Nasçam os amores”, recorre-se uma vez mais ao Menino<br />

Jesus, a Nossa Senhora e, ao Natal para nos oferecer uma mensagem,<br />

em forma de poesia, onde o ódio, a maldade e o rancor são substituídos<br />

por lenços a acenar, por bandeiras brancas, todos eles símbolos que<br />

lembram e representam a esperança e a Paz.<br />

Este poema transforma-se, de repente, num pedido que o sujeito<br />

poético faz, ao Menino Jesus, para nos proteger e salvar com o seu<br />

amor:<br />

“ Menino de mãos macias/Sejam teus gestos primeiros/Louvados todos os<br />

dias” 165 .<br />

conhecer-se e ao olhar para dentro de si, de súbito descobrisse as suas angústias,<br />

limites, e finitude. (Conforme entrevista ao Dr. Tito Lívio em Fevereiro de 2006, por<br />

Rui Ferreira).<br />

164<br />

Idem, p. 298.<br />

165<br />

Idem, p. 294.<br />

151

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