24.06.2013 Views

amália rodrigues - Universidade Aberta

amália rodrigues - Universidade Aberta

amália rodrigues - Universidade Aberta

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

jogo, aparentemente absurdo das palavras e das rimas, constrói<br />

imagens muito belas e de um enorme ritmo:<br />

“ Em minarete/Mate/Bate/Leve/Verde neve/Minuete/De luar (...)<br />

Laçarote/Escarlate/De cocote/Alegria/De Maria/La-ri-rate/Em folia/De<br />

luar”.<br />

JOSÉ RÉGIO: 1901-1969<br />

Foi um dos fundadores da revista “Presença” e o seu principal<br />

animador. Romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico, foi, no entanto,<br />

como poeta, que mais se impôs. Defendia uma literatura viva face ao<br />

academismo que caracterizava a maioria da produção literária<br />

portuguesa da época. A obra de José Régio manifesta o pendor<br />

confessionalista e introspectiva do presencismo. 104 Amália deu voz ao<br />

seu “Fado Português” num álbum com o mesmo nome (1965).<br />

No poema “Fado Português”, vislumbra-se a definição da origem do<br />

Fado ligada à epopeia das Descobertas e ao risco de quem não sabe se<br />

irá ver, de novo, “areias de Espanha ou terras de Portugal ”. E, ao mesmo<br />

tempo, o amor ausente que se traz dentro do peito, mas cujo futuro<br />

assume, nesta aventura, um destino sempre incerto“ Olhar ceguinho de<br />

choro ”. Tem muito a ver com o fatalismo e uma desgarradora saudade<br />

104<br />

BARREIROS, António José , História da Literatura Portuguesa, Tomo 2, 11ª<br />

edição, Braga, Editora Pax, Dezembro de 1985, pp. 461-477.<br />

86

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!