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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

menor (vilancetes, cantigas e outras composições obrigadas a mote,<br />

quintilhas, etc.) e os géneros em hendecassílabo.<br />

Camões atingiu uma mestria do verso que deixa muito para trás os<br />

seus antecessores em redondilha ou em decassílabo 99 .<br />

Dele Amália cantou: “Alma minha gentil, que te partiste”; “Com que<br />

voz chorarei meu triste Fado”; “Erros meus, má fortuna, amor<br />

ardente”; “Lianor/descalça vai para a fonte”; “Memória do bem cortado<br />

em flores”, “Perdigão perdeu a pena” e “Sete anos de pastor Jacob<br />

servia”.<br />

Estes poemas fazem parte de alguns álbuns gravados pela fadista,<br />

tais como: Amália canta Luís de Camões (1965), Com que voz (1970),<br />

Cantigas numa Língua Antiga (1977) e Obsessão (1990).<br />

Em “Com que voz chorarei meu triste Fado” temos o amor ligado à<br />

ausência do objecto amoroso, a tristeza, a saudade e a dor: “ De tanto<br />

mal/a causa é amor puro/devido a quem de mim/tenho ausente”. Também<br />

neste poema encontramos o tema maior do fado: o destino infeliz do<br />

poeta.<br />

Em “Dura Memória” , confrontamo-nos com a recordação de um amor<br />

que se perdeu. De novo a dor, a ausência e a perda:<br />

“ Basta-me o mal presente, os temores/ dos sucessos que espero<br />

infortunados”.<br />

99<br />

SARAIVA, António José e LOPES, Óscar, História da Literatura Portuguesa,<br />

Porto, Porto Editora, 1989, p.328.<br />

79

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