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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

detectar, de forma mais precisa, algumas primeiras manifestações eventuais<br />

ainda na década de 1830, ou quem sabe mesmo se - esporadicamente – de<br />

1820 (...)”.<br />

Como se conclui desta citação, várias são as hipóteses colocadas, no<br />

âmbito da investigação histórica, para a génese do Fado. Uma delas, a<br />

que identifica justamente o Fado com as saudades da Pátria e a<br />

melancolia da ausência, foi adoptada por José Régio, de uma forma<br />

admirável no seu “Fado Português” (1941), explicação poética, ligada às<br />

Descobertas, um dos grandes mitos nacionais, que Amália foi buscar<br />

para o seu repertório:<br />

E ainda que:<br />

“ O Fado nasceu um dia<br />

Em que o vento mal bulia<br />

E o Céu o mar prolongava,<br />

Na amurada de um veleiro,<br />

No peito de um marinheiro<br />

Que estando triste cantava (...) “.<br />

(Fado Português de José Régio - 1941)<br />

“ Fora do âmbito da investigação histórica ficam, naturalmente, os mitos de<br />

origem que não poderiam deixar de surgir também no Fado, como em qualquer<br />

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