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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

Tão impressionante foi a sua interpretação que, quem se<br />

encontrava na sala principal, desceu para ouvir aquela voz. Amália<br />

estava definitivamente lançada na ribalta fadista.<br />

Nesta altura deu voz a fados como por exemplo: Fado Alfacinha,<br />

Fado Marujo, Avé Maria Fadista, A minha canção é Saudade,<br />

Sardinheiras, entre outros.<br />

É imediatamente contratada e, nesse mesmo Verão, consta do<br />

cartaz do Retiro, ao lado de grandes nomes do Fado da época: Alfredo<br />

Marceneiro, José Porfírio, Maria do Carmo, José Coelho e Berta<br />

Cardoso. Os empresários decidiram então contratá-la como<br />

profissional bem remunerada. Amália ganhava 1.000$00 por noite<br />

( graças ao seu empresário, José de Melo ), quando Alfredo<br />

Marceneiro e Berta Cardoso recebiam, respectivamente, 30$00 a<br />

50$00. Amália tornava-se assim uma star, a cantadeira/fadista mais<br />

bem paga do nosso país, isto em 1939. 30<br />

Para nome artístico escolheu o segundo apelido da mãe,<br />

aparecendo assim nos cartazes como Amália Rebordão. A consagração<br />

definitiva, já sob o nome de Amália Rodrigues, teve lugar no Solar da<br />

Alegria, em 1940, onde Amália se apresentou como uma artista com<br />

peso e repertório próprios. Não só recebeu calorosos aplausos do<br />

público, mas também o afecto de alguns “poetas do Fado” como<br />

30<br />

Entrevista a Amália Rodrigues/EMI-Valentim de Carvalho: UMA ESTRANHA<br />

FORMA DE VIDA, Lisboa, 1990.<br />

28

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