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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

Gardel. Amália descobriu as suas faculdades musicais, cantando os seus<br />

tangos. 26<br />

Anos mais tarde, quando grava pela primeira vez no Brasil, inclui<br />

uma letra de sua autoria, onde refere precisamente este ambiente. A<br />

letra é cantada no Fado “Mouraria” e versa assim: “ Com as outras<br />

raparigas/ Pelas ruas a brincar/ Corri ao som das cantigas/ Parava só p’ra<br />

cantar.”<br />

Quando Amália atingiu a adolescência decidiu regressar ao lar<br />

paterno, agora já na capital. Depois de dezasseis anos de ausência,<br />

encontrou-se com mais oito irmãos, que tinham vindo aumentar os<br />

problemas económicos e a alegria da casa. 27<br />

Para sobreviver, dedicou-se à venda ambulante de fruta e de<br />

flores, em zonas portuárias, mais propriamente no Cais de Alcântara,<br />

mais conhecido pelo Cais da Rocha Conde de Óbidos onde, nem<br />

desprovida de esperteza, nem preguiçosa, se punha a cantar para<br />

atrair a atenção dos turistas. Começou a ser solicitada para cantar em<br />

casamentos e baptizados. A sua popularidade local cresceu, quando<br />

cantou a tradicional “ Marcha de Lisboa “, em 1937, representando o<br />

santo do seu ‘querido’ bairro de Alcântara, o Santo António. 28<br />

26<br />

SANTOS, Vítor Pavão dos, Biografia de Amália Rodrigues, 1ª edição, Contexto<br />

editora, Lisboa, 1987, p.22.<br />

27<br />

Idem, pp. 20, 21.<br />

28<br />

Idem, pp. 35,36.<br />

26

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