24.06.2013 Views

amália rodrigues - Universidade Aberta

amália rodrigues - Universidade Aberta

amália rodrigues - Universidade Aberta

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

2.3- SAUDADE<br />

Palavra que, para alguns, como por exemplo, Teixeira de Pascoaes, só<br />

existe na língua portuguesa, ela pode exprimir, quer o que se ama e que<br />

está longe incluindo, nesta categoria, a ausência do amado/amada, do<br />

país, de um passado feliz que se perdeu, de um amor irrealizável<br />

porque idealizado e, portanto, impossível, da dificuldade em amar<br />

aquele ou aquela de que as convenções e interditos sociais nos afastam.<br />

Saudade provocada pela separação dos amantes<br />

Falou-se já no ponto anterior da saudade provocada pela separação<br />

dos amantes.<br />

Trata-se de um tema introduzido pela lírica de origem provençal,<br />

trovadoresca, em que o amante cuida, ou suspira, pelo afastamento do<br />

amado porque, sem a sua presença constante, se sente incompleto. É o<br />

que os belíssimos versos de João Roiz de Castelo-Branco cantados por<br />

Amália Rodrigues sugerem:<br />

“ Senhora partem tão tristes/ Meus olhos por vós meu bem/ Que nunca tão<br />

tristes vistes/ Outros nenhuns por ninguém”.<br />

(João Roiz de Castelo-Branco, “Cantiga, Partindo-se”)<br />

121

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!