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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO: 1800-1875<br />

Do século XIX, Amália dá voz à Cantilena, “Pedro Gaiteiro” de<br />

António Feliciano de Castilho integrada no álbum Fados 67 (1967).<br />

Poeta ultra-romântico, presidente da Revista Universal Lisbonense,<br />

polémico, agitador e ainda promotor de um nacionalismo poético. 100<br />

A temática da procura do amado pode encontrar-se em “Os Treze<br />

Anos/(Pedro Gaiteiro)”, de António Feliciano de Castilho, em que nos<br />

deparamos com uma história de amor ideal adolescente que anseia<br />

concretizar-se num amante jovem, belo e divertido:<br />

“ Já tenho treze anos/que os fiz por Janeiro/Madrinha, casai-me/com<br />

Pedro Gaiteiro (...) Já sou mulherzinha/já trago sombreiro/já tenho treze<br />

anos/que os fiz por Janeiro/Já não sou a Anita/sou a Ana do<br />

outeiro/Madrinha, casai-me/com Pedro Gaiteiro”.<br />

É uma espécie de variação da temática vicentina patente, por<br />

exemplo, na “Farsa de Inês Pereira”, atitude e opção significativas num<br />

tempo em que o futuro marido era escolhido pelos pais e não pelas<br />

jovens núbeis.<br />

100 BARREIROS, António José , História da Literatura Portuguesa,Tomo 2,11ª<br />

edição, Braga, Editora Pax, Dezembro de 1985, pp. 107-109.<br />

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