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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

enfatiza: ”os versos que os poetas escrevem são para serem cantados e<br />

conhecidos. Os poetas pertencem ao povo: eu sou do povo” 70 .<br />

Claro que Amália não está sozinha e muitos são os que vêm a<br />

público não só dar o seu apoio como expressar opinião de que os poetas<br />

não devem ficar encerrados em livros, em estantes poeirentas de<br />

bibliotecas.<br />

Primeiramente David Mourão-Ferreira e Alain Oulman. O poeta<br />

achou “muitíssimo bem” e, declara que, para além das “magistrais<br />

interpretações” da fadista, “é uma óptima ocasião para o povo compreender<br />

que Camões lhe pertence, e não à prosa oficial em que o empalham” 71 . Por sua<br />

vez, o compositor, grande responsável desta ‘revolução’/’abertura’ no<br />

Fado, afirma que apenas pensou “ na maior voz portuguesa para o maior<br />

poeta português de sempre” e coloca ainda uma questão: Se já canta “os<br />

grandes poetas portugueses contemporâneos, porque não cantar os grandes<br />

poetas portugueses do passado?” 72 .<br />

Da mesma opinião partilha o jornalista e escritor Urbano Tavares<br />

Rodrigues, que considera ser Camões um grande poeta e Amália uma<br />

grande voz, logo, “completam-se (...) é o que poderá chamar-se a ligação de<br />

dois grandes ” 73 .<br />

70 Idem.<br />

71 Idem.<br />

72 Idem.<br />

73 Idem.<br />

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