amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO! - A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA - Este poema, ao apresentar diversos quadros, apresenta-se como uma autêntica pintura paisagística. Versos refrescantes com ‘cheiro’ a maresia, a marisco em que não podia faltar uma série de terras, China, Inglaterra, França, Portugal, países em que viajou, viveu e cantou: “ Vai o camarão/Vai a navalhinha/Vai o mexilhão/E vai a sardinha/.../Vai o caranguejo/E vai a santola/.../A China/Estava cheia de Chineses/A Inglaterra com Ingleses/A França com seus Franceses/Portugal de Portugueses/...” 171 . Em suma: Como se vê, a alma humana é feita de muitas cores e seria o lado solar da “trágica” Amália a alimentá-la e a exorcizar a tristeza profunda de uma noite em que o medo da Morte tantas vezes a assaltava. É, assim, esse lado o reflexo de uma Amália criança, pura e ingénua, não contaminada ainda pelas desilusões e a solidão que a adoração de um vasto público lhe trazia. Porque a adoração e veneração, como ícone nacional e popular, traz consigo sempre a distância que o encerra e exila numa torre de marfim. E o facto é que Amália morreu só. 171 Idem, pp. 284-287. 154
CAPÍTULO IV AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO! - A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA - AMÁLIA: O FADO E O FATUM, DESTINO TRÁGICO DE UM POVO “ O Fado precisa é de mim e daquilo que eu sinto por dentro. Há muito tempo disse que era o prato forte do Fado e volto a dizer. Sou o prato forte do Fado porque tenho dentro de mim todas as angústias, solidão e desencanto que o Fado quer”. AMÁLIA RODRIGUES 172 172 In, O Independente, Amália: A Voz de Deus em Português, Lisboa, 1988, p. 18. 155
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RESUMO DA TESE DE MESTRADO Amália
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1987 - É editada a biografia ofici
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Recebe de François Miterrand, Pres
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