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amália rodrigues - Universidade Aberta

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AMÁLIA RODRIGUES: COM QUE VOZ CHO(RA)REI MEU TRISTE FADO!<br />

- A POESIA NO UNIVERSO FADISTA DE AMÁLIA -<br />

de Amália como a de muitos portugueses quer pela indiferença ou<br />

cobardia, permitiram os crimes da ditadura. Muitos que, devidamente<br />

reciclados, passaram a revolucionários apaixonados, sendo os principais<br />

juizes políticos de Amália Rodrigues.<br />

Durante muitos anos assim foi. E o preço desta situação de que<br />

Amália era o exemplo, pagou-o ela no pós 25 de Abril de 74.<br />

Uma parte da esquerda ortodoxa e intelectual apelida-a de<br />

“fascista”. A sua actuação e percurso foram vinculados à ditadura;<br />

chegou a dizer-se que pertencia à polícia secreta do Salazar (PIDE-<br />

DGS). As acusações agravaram-se quando Amália abandonou o país a 26<br />

de Abril de 1974. O motivo desta escapadela é explicado por Amália<br />

na sua biografia. Segundo disse, tinha de cantar em Madrid, no dia 27<br />

desse mesmo mês, e uma amiga aconselhou-a a ficar mais tempo na<br />

capital espanhola, para se salvaguardar do que pudesse acontecer em<br />

Portugal.<br />

Durante esse período, Amália foi perseguida, vilipendiada, acusada,<br />

ameaçada, ela que, durante toda a vida, dera do país uma imagem que<br />

se ficava a dever, principalmente, à sua enorme dimensão artística e<br />

humana.<br />

Sem dividendos políticos.<br />

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