15.10.2014 Views

editorial protagonistas de um passado histórico recente: lutas

editorial protagonistas de um passado histórico recente: lutas

editorial protagonistas de um passado histórico recente: lutas

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PARA UMA CRÍTICA MARXISTA AO DIREITO E A PÓS-MODERNIDADE<br />

ENQUANTO DISCURSOS DE JUSTIFICAÇÃO<br />

Enoque Feitosa 22<br />

S<strong>um</strong>ário: Introdução: O contexto do fim das certezas, a pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong><br />

e a negação da racionalida<strong>de</strong> do âmbito jurídico; 1. Pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e sua<br />

fundamentação teórica; 2. Pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> como forma <strong>de</strong> legitimação<br />

político-i<strong>de</strong>ológica; 3. Direito como racionalida<strong>de</strong> constituída e como<br />

expressão da alienação h<strong>um</strong>ana; 4. Conclusão: Direito e pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong><br />

enquanto i<strong>de</strong>ologias; 5. Referências.<br />

INTRODUÇÃO: O CONTEXTO DO FIM DAS CERTEZAS, A PÓS-<br />

MODERNIDADE E A NEGAÇÃO DA RACIONALIDADE DO ÂMBITO<br />

JURÍDICO<br />

Este artigo preten<strong>de</strong> colocar em discussão alguns elementos acerca<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong>a temática que tem sido fruto tanto <strong>de</strong> perplexida<strong>de</strong>s quanto <strong>de</strong><br />

incompreensões para consi<strong>de</strong>rável daqueles que acompanham o <strong>de</strong>bate <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a questão teórica relevante nos últimos tempos: a introdução, na<br />

discussão científica do e sobre o direito, <strong>de</strong> <strong>um</strong> conceito sociológico e<br />

histórico, a pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, e o exame da hipótese <strong>de</strong> que tenha havido,<br />

nas relações <strong>de</strong> produção ora vigentes no mundo oci<strong>de</strong>ntal, on<strong>de</strong> ele é<br />

citado à exaustão, modificações substanciais que legitimem a existência <strong>de</strong><br />

tal categoria 23 .<br />

A questão é que, no âmbito jurídico, ela serve <strong>de</strong> respaldo,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das intenções <strong>de</strong> seus formuladores e a<strong>de</strong>ptos, a idéia <strong>de</strong> que<br />

aplicação e interpretação do direito são ativida<strong>de</strong>s irracionais e não atos <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r voltado a <strong>de</strong>terminadas formas <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong>.<br />

22 Mestre e Doutor em Direito; Doutorando em Filosofia; Professor Efetivo da UFPB. O presente artigo<br />

correspon<strong>de</strong> a <strong>um</strong>a adaptação <strong>de</strong> trechos da tese doutoral do autor.<br />

23 Um estudioso atento <strong>de</strong> Habermas lembra que “nem mesmo o <strong>de</strong>senvolvimento das forças produtivas,<br />

especialmente na automação, cerne da chamada segunda revolução industrial, constitui razão suficiente<br />

para se falar <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema econômico pós-capitalista”. Ver: BORGES, Bento Itamar. Crítica e teorias<br />

da crise. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005, p. 258.<br />

18

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!