editorial protagonistas de um passado histórico recente: lutas
editorial protagonistas de um passado histórico recente: lutas
editorial protagonistas de um passado histórico recente: lutas
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
As esperanças da chamada globalização e <strong>de</strong> sua forma <strong>de</strong> atuação<br />
econômica, o neoliberalismo, sua lógica cultural, o pós-mo<strong>de</strong>rnismo,<br />
revelou sua fragilida<strong>de</strong> muito antes que o “Consenso <strong>de</strong> Washington” e o<br />
diagnóstico otimista <strong>de</strong> Fukuyama completassem duas décadas.<br />
Pa<strong>de</strong>ceria assim <strong>de</strong> incompletu<strong>de</strong> se não fossem feitas alg<strong>um</strong>as<br />
consi<strong>de</strong>rações quanto à temática da pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> como discurso <strong>de</strong><br />
legitimação.<br />
3. DIREITO COMO RACIONALIDADE CONSTITUÍDA E COMO<br />
EXPRESSÃO DA ALIENAÇÃO HUMANA<br />
Mesmo no interior dos limites <strong>de</strong> <strong>um</strong> artigo, aqui se tentará colocar<br />
alguns problemas no sentido <strong>de</strong> subsidiar as questões que o <strong>de</strong>sdobramento<br />
<strong>de</strong>ste artigo ajudará a elucidar.<br />
Se, como reconhece o próprio Jameson, <strong>um</strong> dos estudiosos mais<br />
autorizados da pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, a época pós-mo<strong>de</strong>rna sugere a ocorrência<br />
<strong>de</strong> mudanças significativas na esfera econômica, mas no interior da lógica<br />
<strong>de</strong> funcionamento do capital, há que se salientar – como ele mesmo aponta<br />
nas passagens aqui citadas e em outras – que o mundo não ultrapassou a<br />
existência dos conflitos <strong>de</strong> classe.<br />
Note-se que naqueles espaços on<strong>de</strong> o capitalismo apresenta sua face<br />
jurídica e organizativa mais <strong>de</strong>snuda, isto é, no chão da fábrica, no trabalho<br />
rural e também no trabalho dos assalariados com formação técnica, sua<br />
organização não é nada <strong>de</strong>mocrática e nem participativa e nem per<strong>de</strong>u sua<br />
atualida<strong>de</strong>, mesmo com a introdução <strong>de</strong> novas tecnologias:<br />
The factory co<strong>de</strong> in which capital formulates, like<br />
a private legislator, and at his own good will, his<br />
autocracy over his workpeople, unaccompanied by<br />
the still more approved representative system,<br />
this is co<strong>de</strong> is but the capitalistic caricature of that<br />
social regulation of the labour-process which<br />
becomes requisites in co-operation on a great<br />
scale, and in the employment in common, of<br />
28