editorial protagonistas de um passado histórico recente: lutas
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EDITORIAL<br />
A Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> é o transitório, o efêmero, o contingente, é a meta<strong>de</strong> da<br />
arte, sendo a outra meta<strong>de</strong> o eterno e o imutável.<br />
Charles Bau<strong>de</strong>laire<br />
Além do efêmero, herdou-se da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> o culto à insensatez.<br />
Herdou-se o apreço pela busca da novida<strong>de</strong> em si e por ser novida<strong>de</strong> será<br />
sempre transitória. Assim, o foco da produção foi <strong>de</strong>slocado para tudo<br />
aquilo que po<strong>de</strong> vir a existir. O saber científico está aplicado na construção<br />
das coisas possíveis <strong>de</strong> se tornarem úteis. Coisas que serão inseridas no<br />
cotidiano, subutilizadas e <strong>de</strong>scartadas para que então sejam substituídas<br />
por outras mais novas, porque somente assim será realmente explorada a<br />
capacida<strong>de</strong> h<strong>um</strong>ana <strong>de</strong> criação. Isso é fato. No entanto, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa<br />
mesma “or<strong>de</strong>m” <strong>de</strong>senvolveram-se, imensamente, faculda<strong>de</strong>s intelectuais.<br />
A h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong> fez da aplicação <strong>de</strong> seu conhecimento <strong>um</strong> instr<strong>um</strong>ento<br />
gerador <strong>de</strong> inteligência e, ao <strong>de</strong>senvolver-se, ofereceu a inquietos círculos<br />
criativos a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contestar.<br />
A partir da esquematização <strong>de</strong> procedimento do raciocínio lógico,<br />
traduzido em processos inicialmente mecânicos, teve início a produção <strong>de</strong><br />
máquinas inteligentes. O homem i<strong>de</strong>ntificou o esquema lógico, por meio do<br />
qual processa intelectualmente seus símbolos, e reduziu esse esquema a<br />
<strong>um</strong> microambiente, criando sistemas físicos capazes <strong>de</strong> interpretar<br />
<strong>de</strong>terminados impulsos por analogia. Capacitando as máquinas para<br />
operacionalizar esses procedimentos, o homem po<strong>de</strong>, enfim, focar-se em<br />
outros símbolos, sínteses <strong>de</strong> novas razões. Com o avanço dos estudos da<br />
eletrônica, os procedimentos foram complexificados até que as máquinas<br />
ass<strong>um</strong>iram <strong>um</strong> papel <strong>de</strong> extensoras da própria inteligência h<strong>um</strong>ana, como<br />
se, sendo capazes <strong>de</strong> realizar alg<strong>um</strong>as funções lógicas, permitissem que<br />
outras novas faculda<strong>de</strong>s fossem <strong>de</strong>senvolvidas por seus criadores. A<br />
utilização da parafernália eletrônica inteligente transformou alg<strong>um</strong>as<br />
práticas produtivas em sub-tarefas e re<strong>de</strong>finiu outras mais abstratas. Ao<br />
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