editorial protagonistas de um passado histÃ³rico recente: lutas

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BRASIL, Superior Tribunal de Justiça. Mandado de segurança nº. 579020 – AL, 2003/0134420-1/1ª Turma/STJ/Rel.: José Delgado – Dj. 05.12.2005, p. 223 ______. Recurso especial nº. 509501 – RS, 2003/0047428-9/5ª Turma/STJ/Rel.: Gilson Dipp – Dj. 02.08.2004, p. 492. ______. Mandado de segurança nº. 9123 – DF, 2003/0106880-5/Primeira Seção/STJ/Rel.: Castro Meira – Dj. 25.02.2004, p. 90 ______. Habeas corpus nº. 31483 - MG (2003/0197015-7)/1ª Turma/STJ/Rel.: Luiz Fux – Dj. 19.12.2003, p. 321. ______. Habeas corpus nº. 19917 - PB (2001/0194913-8)/6ª Turma/STJ/Rel.: Vicente Leal – Dj. 19.12.2002, p. 440 BRASIL, Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Acórdão na RCCR nº. 03022040-0-SP/2ª. Turma/TRF 3ª. Região/ Rel.: Juíza Sylvia Steiner/ DJ- Data: 05-06-96/P. 38187. ______. Hábeas corpus nº. 00500677-6-PB/1ª. Turma/TRF 5ª. Região/Rel.: Juiz Hugo Machado/DJ-Data: 13-06-97/P. 43653. CABRAL, Eula. Municipalização das rádios comunitárias: luz no fim do túnel (?). Disponível em: www.comunicacao.pro.br/setepontos. Acesso em: 21 de set. de 2006. CAMPILONGO, Celso Fernandes. Os desafios do Judiciário: um enquadramento teórico. In: FARIA, José Eduardo (org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça. São Paulo: Malheiros Editores, 2005. p. 30-51. FARIA, José Eduardo. (org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça. São Paulo: Editora Malheiros, 2005. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. GRAMSCI, Antônio. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966. GRUPPI, Luciano. El concepto de Hegemonía en Gramsci. México: Ediciones de Cultura Popular, 1978. JAMESON, Fredric. O pós-modernismo e o mercado In ZIZEK, Slavoj. Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. SANTOS, Juarez Cirino. A criminologia crítica e a reforma da legislação penal. Florianópolis, XIX Conferência Nacional dos Advogados, 2005. Disponível em: http://www.cirino.com.br/artigos/jcs/criminologia_critica_reforma_legis_pe nal.pdf. Acesso em: 21 de out. de 2007. SILVEIRA, Paulo Fernando. Rádios Comunitárias. Belo Horizonte: Del Rey, 2001. 95
PROTAGONISTAS DE UM PASSADO HISTÓRICO RECENTE: LUTAS E VISÕES DE UMA CRENÇA EM UM MUNDO MAIS JUSTO * Dacier Barros e Silva ** Cecília Santana “Meus colegas não se conformam de eu dizer que nós perdemos a guerra. Eles dizem: ‘não, nós perdemos a batalha!’. Nada disso, nós perdemos a guerra. Eu sou talvez o único que tenha a coragem de dizer. Não existe mais socialismo nenhum. Pra tudo tem um tempo. A pregação do século XX não pode ser a do XXI. Não é que eu abdiquei das minhas idéias. Faça um teste por aí com esse pessoal que se diz de esquerda. Qual deles é de fato?”. Prestes a completar 75 anos, Iberé Baptista bate na mesa. Gesticulando muito, mantinha um olho na conversa e outro na água do café que fervia na cozinha. Talvez tão elétrico e ativo quanto em 25 de novembro de 1964. A entrevista, feita no dia 26, foi uma espécie de comemoração dos 44 anos de sua prisão. Motivo: subversão e corrupção. Ouvindo-se a exteriorização deste sentimento, às vezes parece ser exótico ainda encontrar pessoas fiéis a ideologias que resgatam a crença num mundo mais justo, num mundo onde se transita com tanta facilidade ausente da conotação de antagonia entre discursos e práticas opostos. Iberé se define como “agnóstico, materialista da cabeça aos pés”, e tudo isso com orgulho e segurança de si próprio. Mesmo para aqueles que nasceram numa época em que os países socialistas já não existem mais – ou que ao menos se mostram como uma experiência fracassada, a exemplo de Cuba – não se pode negar a importância da contribuição desses “subversivos”. A doutrina que os guiou não fala, hoje, mais alto do que a condição de eterno militante social. São décadas de trabalho e de tempo de vida que Iberé, Luiz Momesso, Antonio de Campos e Delzuite da Costa Silva dedicam a uma crença num país mais justo. Todos eles tinham uma “vocação” para se incomodar com a situação precária na qual o povo brasileiro estava, e ainda está. De classe média, camponeses ou de bairros pobres dos centros urbanos, tiveram sua 96
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