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editorial protagonistas de um passado histórico recente: lutas

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pelas comunida<strong>de</strong>s h<strong>um</strong>anas, organizadas em bases territoriais<br />

geograficamente <strong>de</strong>limitadas, surgem vonta<strong>de</strong>s com forças que, ao<br />

simbolizar e aglutinar tipologias históricas, <strong>de</strong>finem e caracterizam o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das interações sociais disseminadas no inconsciente<br />

coletivo.<br />

Filosoficamente, compreen<strong>de</strong>-se a socieda<strong>de</strong> dicotomizada em duas<br />

funções fundamentais: socieda<strong>de</strong> civil e socieda<strong>de</strong> política. Respaldada<br />

nessa singularida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolve essas duas naturezas para alicerçar o<br />

Estado mo<strong>de</strong>rno.<br />

A socieda<strong>de</strong> política nas mo<strong>de</strong>rnas <strong>de</strong>mocracias caracteriza-se como o<br />

instante em que emergem as instituições pelas quais tanto a regulação<br />

quanto a coerção ass<strong>um</strong>em <strong>um</strong> caráter <strong>de</strong> legitimida<strong>de</strong> nas relações sociais,<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> estarem subsidiadas por <strong>um</strong> discernimento <strong>de</strong> valores<br />

culturais que dão suporte ético, coberto por <strong>um</strong> sentimento coletivo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ver.<br />

É a socieda<strong>de</strong> civil, no entanto, a responsável pela imagem refletida<br />

na esfera pública, que se preocupa com a elaboração do consentimento -<br />

não com a coerção ou a dominação formal. São instituições da socieda<strong>de</strong><br />

civil a escola, a igreja, os mass media, entre outras, que asseguram a<br />

educação formal e sedimenta a cultura, tornando-se símbolos dinâmicos da<br />

hegemonia e da construção e realização do consenso.<br />

O Estado mo<strong>de</strong>rno, orientado pela razão histórica,<br />

prepon<strong>de</strong>rantemente alicerçado em dois pilares básicos - socieda<strong>de</strong> civil e<br />

socieda<strong>de</strong> política -, assentou a lógica inerente à racionalida<strong>de</strong> oci<strong>de</strong>ntal.<br />

Essa lógica é responsável, em termos <strong>de</strong> crises históricas, pela substituição<br />

dos valores tradicionais por relacionamentos entre indivíduos<br />

institucionalizados em padrões <strong>de</strong> comportamentos relacionais mais<br />

impessoais e em segmentados vínculos das <strong>de</strong>mocracias <strong>de</strong> massa urbana e<br />

<strong>de</strong> cons<strong>um</strong>o. A maior tradução <strong>de</strong>sse fenômeno é a universalização <strong>de</strong><br />

padrões <strong>de</strong> comportamentos, genericamente <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> globalização.<br />

Nesse aspecto específico, os meios <strong>de</strong> comunicação ass<strong>um</strong>em papel<br />

dinâmico na re<strong>de</strong>finição e construção dos novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>.<br />

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