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João Vinicius dos Santos Dias e Jaqueline Ferreiradeterminantes sociais da saúde da população, comoa educação, o saneamento, a moradia, etc. As açõeseducativas em saúde ficam restritas a programas eserviços destinados a populações à margem do jogopolítico central, continuando a priorizar o combate dasdoenças infecciosas e parasitárias (Vasconcelos, 2001).Também nesse período se fortalece no país a mitificaçãoda ciência como discurso dominante sobre osfenômenos da saúde/doença em detrimento da visãoreligiosa e dos saberes populares que passam a assumirlugares cada vez mais marginais. A ideia de que as condiçõesde vida e principalmente de higiene tem grandeinfluência nas condições de saúde da população, culminamcom a responsabilização dos indivíduos da sua condição demiséria e consequentemente de insalubridade.Assim, a partir da década de 1960, fortaleceu-se aideia da educação em saúde como forma de extinguir comportamentosde risco e adoção de hábitos saudáveis (práticashigiênicas, aceitar vacinação, fazer exames, etc).Paradoxalmente à ditadura militar em meados da décadade 60, há espaço para a emergência de uma série de experiênciasinovadoras no campo da educação em saúde. O incrementodas desigualdades sociais, do esvaziamento de partidos e sindicatose da omissão do Estado na garantia de direitos básicoslevou ao fortalecimento de movimentos sociais e comunitáriosque engendraram novas formas de resistências que se refletiramigualmente campo da saúde. (Smeke & Oliveira, 2001).Assim uma série de iniciativas e movimentos que impulsionarama participação da população como associações de moradores,o movimento operário, as experiências das Comunidades Eclesiaisde Base (CEB’s), etc;Nessa época, a política de saúde se voltava para a expansãodos serviços médicos privados, especialmente hospitais e policlínicasconveniadas, nos quais as ações educativas não tinham espaço significativo.O esforço médico, em geral, corre paralelo, dessincronizado eaté mesmo em oposição ao esforço popular de combate aos problemasde saúde, investindo em tecnologias, maquinários e medicamentos queatuam apenas no campo biológico deixando o contexto sócio-culturalem segundo plano, quando não, desconsiderando-o por completo. Muitosprofissionais, intelectuais e acadêmicos, insatisfeitos com as práticasmercantilizadas e rotinizadas dos serviços de saúde se aproximaram dadinâmica de luta e resistência das classes populares e engajam-se no processode formação de uma nova organização política da saúde: no vazio126

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