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Irene Rizzini e Neli de Almeidaadolescentes com famílias mais numerosas, com maiornúmero de filhos abrigados e com maior número derelatos de deficiência/transtorno mental na família.Nestes casos, os Conselhos Tutelares foram os principaissolicitantes do abrigamento e o principal motivo foi aviolação de direitos das crianças, em especial maus-tratose negligência familiar.A questão dos diagnósticos, grau decomprometimento e indicadores de autonomiaIntegrava o conjunto de itens do questionário aplicadoa cada criança ou adolescente abrigado, um grupode perguntas que investigava a autonomia dos mesmos,com o objetivo de se ter um melhor dimensionamento doseu grau de comprometimento. Vimos que, para os abrigosespecíficos, mais da metade das crianças e dos adolescentespesquisados apresentava os mais baixos indicadoresde autonomia: não se comunicavam, não se locomoviam enem se alimentavam sozinhos e não apresentavam controleesfincteriano. Nestes casos, verificava-se uma dependênciaestreita de terceiros para os hábitos de vida diária. Apenas 10crianças e adolescentes deste grupo (9,0%) apresentavam osmelhores indicadores de autonomia, assim definidos neste estudo:comunicavam-se verbalmente de forma clara e inteligível,andavam sem anormalidades, alimentavam-se com autonomiae adequadamente, tomavam banho com autonomia e conseguiamrealizar uma higiene adequada, tinham total controle dosesfíncteres e faziam uso adequado do vaso sanitário, vestiam-secom autonomia e adequação; apresentavam atitudes cuidadosascom móveis e utensílios do abrigo, participavam espontaneamentedas tarefas domésticas e utilizavam de forma autônoma objetospessoais e utensílios da casa. O quadro revelou-se bastante diferenteem relação às crianças e aos adolescentes com deficiêncianos abrigos mistos. Nestes, a grande maioria apresentava grausmuito satisfatórios de autonomia e não demonstrava dificuldades nalocomoção, na fala, na alimentação, na higiene e no cuidado pessoal,confirmando o comentário apontado sobre algumas diferenças quecaracterizam os dois grupos.Verificou-se que para 56 crianças e adolescentes com deficiênciaassistidos nos abrigos específicos, ou seja, metade deles, não havia qualquerdiagnóstico na ocasião da entrada no sistema de abrigamento 10 .Entre aqueles que tinham algum diagnóstico registrado no prontuário,27 (24,1%) apresentavam “encefalopatia crônica da infância”, aqui clas-10Ver, em anexo, a tabela 4 (Percentual de crianças e adolescentes com deficiência nos abrigos específicos, segundocada diagnóstico mais frequentemente registrado no prontuário. 2007 n=109).166

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