11.07.2015 Views

E7s6Xi

E7s6Xi

E7s6Xi

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Institucionalização de crianças e adolescentes com deficiência: anotações para uma agenda de política pública.censo populacional de 2000 introduziu uma concepçãodiferenciada de deficiência, em relação aos censosanteriores, criando um novo desenho da populaçãocom deficiência (Medeiros e Diniz, 2004; Neri, 2003).Os dados do censo de 2000 apontaram que 14,5% dapopulação brasileira 5 têm algum tipo de deficiência,incluindo, por exemplo, alguma dificuldade de enxergar,de caminhar, ou de ouvir.Esta escala de gradação fez com que um maior númerode pessoas fosse incluído na categoria de deficiente,sobretudo do segmento mais idoso da população. Esteaumento do número de pessoas consideradas deficientesproduziu no campo uma importante discussão no sentidode reposicionar a deficiência, não mais no campo da excepcionalidadede um indivíduo ou de um grupo de indivíduos,e sim no próprio processo dos ciclos de vida. Acredita-seque este redimensionamento contribua para criar uma novasensibilidade para a importância de políticas públicas quepossam enfrentar as demandas de cuidado em cada fase davida (Medeiros e Diniz, 2004; Neri, 2003).No caso do Estado do Rio de Janeiro, contabilizou-seuma população total de 14,4 milhões de habitantes. Destes,foram identificadas 2,1 milhões de pessoas com algum tipo dedeficiência. Este número representa um percentual de 14,8%,que é muito próximo ao parâmetro nacional. No que se refere,especificamente, ao segmento infantil e adolescente, registraram--se 189,9 mil (8,9%) crianças e adolescentes com algum tipo dedeficiência, dentre as quais 45,2 mil (17,8%) foram identificadascomo portadoras de deficiência mental permanente (IBGE, 2000).Crianças e adolescentes com deficiência nosabrigos do Estado do Rio de JaneiroComo um primeiro resultado do mapeamento realizado darede de abrigos, identificamos dois tipos de estabelecimento, queconvencionamos chamar de abrigos específicos (destinados exclusivamente6 a crianças e adolescentes com deficiência) e abrigos mistos(destinados a crianças e adolescentes considerados em situação derisco, mas que recebem também aqueles com deficiência).Destacamos alguns aspectos do percurso metodológico empreendidopela equipe de pesquisa para facilitar a compreensão dos resultados doestudo. O processo de identificação dos abrigos mostrou-se difícil. A equipe5Este percentual equivale a 24 milhões, 600 mil e 256 brasileiros.6Embora os abrigos sejam designados para atender exclusivamente crianças e adolescentes, constatamos aexistência de um número significativo de adultos nas instituições mapeadas. É possível que muitos tenham setornado adultos dentro dos próprios abrigos.163

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!