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Percepções sobre a sexualidade na cidade de Maputo, Moçambiqueuso do preservativo para a prevenção da gravidez edas doenças sexualmente infecciosas.Embora as raparigas tenham falado sobre oaborto, este assunto é encarado como tabu porque estácarregado de aspectos morais que a lei e a religião condenam.Ficou também claro que, apesar de serem subtis,as raparigas querem ser sexualmente livres, mas pareceque não têm conhecimentos básicos sobre a sexualidadee/ou não são encorajadas a aprender mais sobre a suaprópria sexualidade e a sexualidade dos rapazes. Essefacto pode ser surpreendente se nos lembrarmos que existemvários canais de informação desde as amigas, colegas,Internet e televisão onde as raparigas podem apreendere optar, por exemplo, pelos métodos de prevenção que seadequam a elas já que o importante mesmo é prevenir.Após ter apresentado as percepções sobre a sexualidadee do aborto entre os jovens residentes no bairro da Mafalala,a secção a seguir apresentará as conclusões do estudo.4. Considerações FinaisAs percepções sobre a sexualidade estão associadasàquilo que os jovens aprendem na família, na qual a relaçãosexual tem por finalidade a procriação. Poucos jovens falaramde relações sexuais para o prazer. Isto mostra que, na perspectivamédica, os indivíduos são vistos, primariamente, como entidadesbiológicas, negligenciando-se, desse modo, o aspecto social. Asexualidade tem uma função social antes de ser individual. Issoporque as percepções que os jovens têm sobre a sexualidade sãoalgo socialmente construídoAssim, os programas de educação sexual estão sendo ineficientesdevido a desconfianças e a incertezas da família nos programasde prevenção. As famílias sabem que doenças sexualmente infecciosasexistem e que podem ceifar vidas, mas porque os programasde educação sexual enfatizam o uso do preservativo, que limita aprocriação, contrastam com os anseios e a preocupação das famíliasde alargar a família.O aborto é uma prática perigosa, particularmente se realizadasem o acompanhamento de profissionais da saúde. Discussões sobre oaborto têm sido levantadas pelo Fórum Mulher, mas que ainda não têmtido um entendimento do que possa ser feito para apoiar as raparigas emulheres que se encontram em situações de fazer o aborto.13

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